Ambiciosa, histórica, espetacular. Estas são apenas algumas palavras válidas para descrever a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris na tarde desta sexta-feira, dia 26, no horário do Brasil ― noite na França. Foi a primeira vez na história que uma abertura olímpica foi realizada fora de um estádio.
Os 10.500 atletas de 205 delegações fizeram a tradicional entrada e desfile em 85 barcos ao longo do Rio Sena, passando pelos marcos mais emblemáticos de Paris em um percurso de 6 quilômetros. Mais de 350 mil pessoas assistiram à cerimônia no local, de forma gratuita.
Porta-bandeira do Brasil, Raquel Kochhann carregou o símbolo brasileiro junto com Isaquias Queiroz, único do país a conquistar três medalhas em uma única edição dos jogos até hoje. A delegação brasileira tem a quarta maior delegação de sua história, com 277 integrantes.
Raquel tem 31 anos e é natural de Saudades, no Oeste de Santa Catarina. Ela é uma das líderes da seleção feminina de rúgbi. “Extremamente mágico, talvez essa seja a palavra. Isso aqui para a gente é um grande orgulho, poder representar ela [a bandeira] mundo afora, eu vou guardar ela aqui, vai dormir comigo”, disse em entrevista à TV Globo.
A catarinense precisou enfrentar dois tipos de câncer há pouco tempo e complementou falando que o momento também é uma celebração da vida. “Isso aqui é sem palavras. Poder estar aqui, independente da luta que qualquer pessoa esteja tendo, seja feliz, viva com alegria, que esse é o melhor da vida: sorrir”, completou Raquel.
O Brasil foi o 29º país a se apresentar. O desfile saiu da ponte Austerlitz, ao lado do Jardin des Plantes, e percorreu as duas ilhas no centro da cidade (a Île Saint Louis e a Île de la Cité), passando por várias pontes. Os atletas a bordo dos barcos puderam ver alguns dos locais oficiais dos Jogos, incluindo o La Concorde, a Esplanada Invalides, o Grand Palais e, por fim, a ponte Iéna.