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O Inter terá a semana para se preparar para o segundo jogo da semifinal com uma vantagem inédita nos últimos anos. O 2 a 0 sobre o Caxias na partida de ida, fora de casa, permite ao time avançar até mesmo com uma derrota por um gol no Beira-Rio.
O desafio de Roger Machado será, a partir de terça-feira (25), pela manhã, na reapresentação, não permitir que a equipe se desconcentre, com tamanha vantagem.
Vitinho foi o herói da tarde na Serra ao marcar dois gols em um intervalo de seis minutos. Esse período mostrou-se decisivo para o time. Roger mesmo admitiu que o time "não deu espetáculo", mas gostou da média da equipe, que considerou ser suficiente para "validar o 2 a 0".
É que, de certa forma, torna-se até injusto analisar um time com tantos desfalques. São 11 baixas, cinco delas no setor ofensivo. Todos os titulares da criação, Alan Patrick, Wesley, Bruno Tabata, Gabriel Carvalho e Borré, estão fora.
"Tentamos repetir a estrutura"
Contra o Caxias, Roger optou por repetir o quarteto que fez 3 a 0 no Brasil de Pelotas, com Wanderson na esquerda, Vitinho na direita, Carbonero centralizado e Valencia de centroavante. O desempenho não foi o mesmo.
— Tentamos repetir a estrutura. Mas com quatro jogadores muito ofensivos, precisávamos do comprometimento de todos para não ter problema lá atras — explicou o treinador, que não pôde fazer projeção sobre retorno de algum lesionado.
Bruno Tabata e Gabriel Carvalho certamente estão fora do Gauchão. Wesley e Borré dificilmente retornarão. A esperança está em Alan Patrick, que teve uma lesão ligamentar e está evoluindo dia a dia. Como a vantagem foi grande sem ele, é possível que seja preservado mesmo que tenha condições de voltar no sábado que vem.
Janela de transferências
Mas resultado à parte, a semana será importante para o Inter também fora de campo. A janela de transferências internacionais se encerra na sexta-feira (28). Duas posições são prioridades, lateral direita e volante.Na defesa, há apenas Aguirre, já que Nathan tem contrato encerrando no meio do ano. No meio, Roger tem Fernando e Bruno Henrique, dois jogadores de qualidade inegável, mas ambos com mais de 35 anos. Mesmo que os eventuais reforços não possam ser inscritos no Gauchão, a temporada prevê ainda Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores.
— Não tenho como adiantar as situações da janela. Sei que o clube está trabalhando incansavelmente para buscar reforços. Temos muitas competições pela frente. Claro que queria ter isso definido, mas o mercado está agitado — resumiu Roger.
Serão dias agitados nos gabinetes. No campo, a partida de ida deixou a situação confortável para garantir vaga em uma decisão de Gauchão após três anos.