
Hailton Corrêa de Arruda, conhecido popularmente como Manga, enfrentava um câncer de próstata nos últimos anos e estava internado no Hospital Rio Barra.
A morte foi anunciada pelo Botafogo, time que ele defendeu de 1959 a 1968.
"É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga".
O presidente do Botafogo associativo, João Paulo de Magalhães Lins, prometeu homenagens ao ídolo alvinegro e ofereceu o salão nobre de General Severino para a realização do velório.
— Faremos todas as homenagens a esse gigante de nossa história, que seguirá eternamente vivo em nossos corações — afirmou o dirigente.
Manga foi uma das referências de duas grandes formações do Botafogo, que na época rivalizava com o Santos pelo título simbólico de melhor time do Brasil, nas temporadas 61 e 62, e 67 e 68.
Ele participou de quatro conquistas do Campeonato Carioca (1961, 1962, 1967 e 1968) e duas do Torneio Rio-São Paulo (1962, 1964 e 1966).
Ídolo do Inter
"Sua atuação na final do Brasileiro de 1975, jogando com dois dedos quebrados, simboliza a coragem e a entrega que o tornaram um dos maiores goleiros da nossa história."
Ele se tornou famoso por não usar luvas numa época em que era comum os goleiros atuarem com a proteção nas mãos.
Dizia que não se sentia confortável, uma vez que tinha dedos tortos. Compensava com óleo e areia nas mãos para melhorar a aderência nas defesas.
Carreira premiada
Como profissional, Manga iniciou sua carreira no Sport Recife, no qual foi tricampeão pernambucano (1955, 1956 e 1958). Atuou, além da dupla Gre-Nal e do Botafogo, no Operário e Coritiba.
Foi goleiro da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966. No Mundial, ele compôs a equipe ao lado de lendas como Garrincha, Zagallo, Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho.
Quais os títulos de Manga?