
Era preciso uma vitória fora de casa. Para mostrar tamanho, para devolver confiança e para entrar na zona de classificação às oitavas. E ela veio.
Na quinta rodada da fase de grupos, o Inter se deu bem em um estádio onde costuma crescer, o Parque Central, em Montevidéu.
Um gol de Ricardo Mathias, no finalzinho do primeiro tempo, e outro de Braian Aguirre, no último lance de partida asseguraram a vitória do time de Roger Machado contra o Nacional-URU por 2 a 0.
Com o resultado, assume a segunda posição do Grupo F. Agora, está a um empate, contra o Bahia, no Beira-Rio, para avançar na Libertadores.
A novidade na escalação colorada foi a estreia de Ricardo Mathias. Pela primeira vez em seus 18 anos de idade, começou como titular no time principal do Inter, e logo em um jogo tão importante.
Além dele, Roger optou por iniciar com os três volantes de origem, Fernando, Thiago Maia e Bruno Henrique. No Nacional, Nico López foi escolhido para ser o centroavante.
Tensão no início
Os primeiros minutos foram de tensão. Inflamado pelo ambiente, o Nacional-URU chegou a colocar a bola na rede, mas Nico López estava muito impedido e o lance foi anulado no campo.
Depois dos 10, o Inter se assentou no jogo. Alan Patrick perdeu tempo ao recuperar a bola na entrada da área, em um erro de passe de Coates, e não finalizou, sendo desarmado.
Aos 11, em um contragolpe puxado por Wesley, Ricardo Mathias recebeu e devolveu, Wesley entregou para Alan Patrick, que driblou Milán e chutou. Mejía espalmou para fora. Na cobrança do escanteio, a bola pingou na área e Thiago Maia tentou de bicicleta, por cima.
Seguiram-se mais de 25 minutos sem vantagens dos ataques sobre as defesas. A partida se desenvolvia de intermediária a intermediária. Nenhum dos times se expunha.
Aos 40, o Inter chegou a fazer o gol. O cruzamento de Aguirre foi na cabeça de Thiago Maia, que venceu Mejía. O lance, porém, foi anulado ainda em campo, por impedimento.
Vantagem colorada
O jogo controlado do Inter se transformou em vantagem aos 44. Wesley pegou a bola no meio do campo e deu um passe vertical para Thiago Maia.
Thiago acionou Aguirre na direita. O cruzamento rasteiro do lateral foi na medida para o centroavante Ricardo Mathias antecipar à zaga e encher o pé: 1 a 0.
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Segundo tempo
O Inter voltou sem trocas do intervalo. E em dois minutos teve duas chances de fazer o segundo gol, ambas com Ricardo Mathias.
Na primeira, ele recebeu de Alan Patrick e bateu cruzado, Mejía salvou. Na segunda, driblou Calione na área e tentou o chute, que saiu torto. Alan Patrick e Wesley entravam sozinhos para encostar para a rede.
Roger teve de mexer no time aos sete minutos. Thiago Maia sentiu dores e saiu. Ronaldo entrou em seu lugar.
Aos nove minutos, o Nacional teve a primeira chance clara. Nico López recebeu na área e, mesmo cercado, achou espaço para soltar o pé esquerdo. A bola explodiu no travessão.
Aos 17, Roger fez mais três trocas. Ele tirou Ricardo Mathias, que aparentou sentir dores, Bruno Henrique e Victor Gabriel, que já tinha amarelo. Entraram Juninho, Gustavo Prado e Bruno Tabata.
O Nacional esteve perto do empate aos 25. Nico López recebeu na área, girou sobre Juninho e chutou de direita, abafado por Anthoni e Ronaldo. A bola foi por cima, para escanteio.
A última troca de Roger foi no ataque. Wesley, que estava de centroavante, saiu para a entrada de Lucca.
Chances perdidas
Aos 30, mais uma chance clara para o Inter. Bernabei foi esperto na movimentação e entrou na área, acionado por Alan Patrick.
Ele chutou, Mejía espalmou para o meio e Tabata não aproveitou. Logo depois, Gustavo Prado deu um chute parecido e o goleiro do Nacional fez uma grande defesa para impedir o segundo gol.
Sustos no final
O Inter tomou um susto aos 37. Fernando foi sair jogando dentro da área e levou um carrinho, que até pareceu falta. O árbitro não marcou. Anthoni estava muito atento para salvar nos pés de Petit.
Aos 44, o Inter deixou de matar. Gustavo Prado tabelou com Lucca, entrou sozinho na área e errou totalmente a conclusão.
O lance deixou a partida aberta até o fim. Aos 46, Otero cobrou uma falta no travessão. Foi o susto final. O time gaúcho conseguiu controlar o resultado e sair do Uruguai com uma grande vitória.
Gol da tranquilidade
Aos 52, o contragolpe final. Tabata ganhou a dividida, Aguirre arrancou do campo de defesa, driblou o goleiro quase no círculo central e entrou com bola e tudo: 2 a 0, placar final.
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