
O sarampo é uma doença grave, altamente contagiosa, que pode deixar sequelas ou até levar a morte. Apesar de o Brasil ter conquistado a Certificação Internacional de Área Livre do Sarampo, o cenário global acende um alerta. Os casos da doença aumentaram 34 vezes em comparação com o ano passado, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O Brasil também segue esta tendência: enquanto em 2024 houve apenas cinco casos confirmados, o último levantamento do Ministério da Saúde, referente a 2025, aponta 29 confirmações, registradas em diferentes estados: DF, RJ, SP, RS, MA e TO.
A vacinação é a principal forma de prevenção contra o sarampo e está disponível gratuitamente pelo SUS. “É muito importante que a vacina seja aplicada para proteção coletiva”, destaca a técnica de enfermagem Solange Ines Uebel Hofstatter, responsável pela sala de vacinas em Maravilha.
O esquema vacinal segue as seguintes recomendações: crianças: aos 12 meses aplicação da Tríplice viral (protege contra sarampo, caxumba e rubéola) e aos 15 meses aplicação da Tetra viral (protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela); pessoas de 1 a 29 anos: devem ter duas doses registradas; adultos de 30 a 59 anos: devem comprovar ao menos uma dose da vacina.
Para reforçar a cobertura, Maravilha também está aplicando, desde junho, a chamada “Dose Zero”, uma dose extra destinada a bebês de 6 meses a 11 meses e 29 dias - estratégia que segue diretrizes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde. Importante lembrar que essa dose é complementar e não substitui as doses previstas no calendário de rotina.

Outra ação realizada a partir do segundo semestre deste ano é a busca ativa de pessoas com vacinação incompleta ou não registrada. A iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde conta com apoio da Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo de Maravilha, incluindo parcerias com entidades e empresas locais.
Durante o mês de outubro, haverá horários estendidos de atendimento:
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, entre janeiro e agosto de 2025, foram aplicadas mais de 800 doses da vacina contra o sarampo no município. Neste período, a cobertura vacinal atingiu os seguintes índices:
Conforme os boletins da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), o último caso de sarampo registrado em Maravilha ocorreu em 2020. Desde então, Santa Catarina permanece sem novos casos da doença.
O sarampo é extremamente contagioso. A transmissão ocorre pelo ar, através da tosse, espirros, fala ou respiração de pessoas infectadas. Os principais sinais e sintomas do sarampo são manchas vermelhas (exantema) no corpo e febre alta (acima de 38,5°), acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse seca, irritação nos olhos (conjuntivite), nariz escorrendo ou entupido, mal-estar intenso. As complicações podem incluir pneumonia, otite, encefalite aguda e, em casos graves, levar à morte.