O
projeto de Indicação Geográfica de milhos crioulos de Anchieta
será lançado nesta terça-feira (24), às
19 horas, no Centro de Convivência de Idosos do município, no Extremo Oeste
catarinense. A iniciativa é da Administração Municipal de Anchieta e do
Sebrae/SC. Conta com apoio da Epagri, do Governo de Santa Catarina, do
Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Sintraf) e da Cooperativa
da Agricultura (Cooper Anchieta). Participarão autoridades locais como
representantes das entidades empresariais, dos sindicatos, das cooperativas,
dos vereadores e dos servidores municipais.
No
lançamento serão apresentadas as etapas previstas para execução nos próximos
dois anos. Os três eixos estratégicos e prioritárias são: estruturação do
processo de Indicação Geográfica (IG) e ações de mercado e fomento ao
empreendedorismo criativo. Após o lançamento iniciam os trabalhos para
conquista do selo de Indicação Geográfica para o território de produção de
grãos, que pretende preservar as tradições dessa cultura gastronômica, proteger
a região produtora tanto nos aspectos culturais quanto econômicos, promover
essas variedades, além de acessar mais e melhores mercados estimulando também
um empreendedorismo criativo atuante na agregação de valor ao produto.
O
gerente regional do Sebrae/SC no Oeste, Udo Martin Trennepohl,
destaca que a Indicação Geográfica utilizará o nicho de mercado da bioeconomia
para promover o território de produção do milho crioulo de Anchieta a partir de
estratégias de mercado. “A intenção é dar visibilidade para essa base
produtiva, principalmente porque cada vez mais o consumidor busca por alimentos
saudáveis e orgânicos. Então, toda a atuação será voltada a agregar valor e
reconhecimento tanto ao produto quanto aos agricultores familiares envolvidos”,
analisa ao comentar que essa será a primeira IG do oeste catarinense.
Para
o prefeito Ivan José Canci esse processo contribuirá para que
a região seja reconhecida devido às características exclusivas e essencialmente
ligadas ao meio geográfico, o que inclui os fatores naturais e humanos, além do
processo de produção repassado entre gerações. “O registro da IG representa uma
qualidade única e características somente encontrados nesse território, por
isso reconhece o trabalho desses empreendedores que buscam uma produção de
qualidade, geram empregos e renda. Além disso, faz parte de uma estratégia de
desenvolvimento territorial”, analisa.