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A Federação das Indústrias (FIESC) lançou pesquisa sobre os custos logísticos da indústria catarinense. Para sensibilizar o setor da importância do estudo, que será realizado em parceria com a Universidade do Estado de Santa Catarina (UFSC), estão sendo realizados eventos regionais, que se iniciaram por Chapecó, São Miguel do Oeste, Joaçaba e Concórdia, entre os dias 30 de agosto de 1º de setembro.
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No encontro realizado no Extremo-Oeste, no dia 31, o vice-presidente regional da FIESC, Astor Kist, destacou que cada indústria que participar da pesquisa receberá gratuitamente uma análise dos seus custos logísticos, além de orientações para melhorias. “Este estudo vai apresentar a realidade vivida pelas indústrias de todo o Estado e vai embasar nossos pedidos às autoridades para que haja melhorias na infraestrutura de transportes”, salienta.
Para responder à pesquisa, basta acessar https://fiesc.com.br/pt-br/custologistico. A Federação garante o sigilo absoluto dos dados informados. Vale destacar que a logística não se refere apenas ao transporte, mas também inclui armazenagem, gerenciamento de estoques, processamento de informação e administração.
O empresário do ramo de confecções, Irton Lamb, participou do encontro em São Miguel do Oeste e elogiou a iniciativa da Federação. “Quando se fala em custos, a Fiesc sempre está aqui para nos ajudar. Pra nós empresários, tudo o que envolve custos precisamos estar ligados, pois cada centavo que conseguimos diminuir da logística interna e externa soma para baixarmos nos custos das empresas e isso, independente do setor, traz mais competitividade. Este encontro foi muito importante e é o primeiro passo para formatarmos algumas planilhas pra ver realmente onde está o gargalo interno na empresa, quanto externo, como o caso das rodovias”, comenta.
Volmir Meotti, empresário do ramo de alimentos, reforçou a importância de acompanhar os custos logísticos, principalmente para as indústrias do Extremo-Oeste, que estão distantes dos grandes centros. “Outro ponto de destaque do encontro foi o custo do produto parado na indústria, que às vezes não são percebidos pelos empresários. Por isso vejo com grande valia este estudo que vai ajudar muito as empresas a melhorarem seus custos e serem mais competitivas”, acrescenta.
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O professor de Logística da UFSC, Carlos Taboada, explica que essa pesquisa pretende determinar qual é a eficiência da logística em cada empresa e no território, através do indicador: quantos centavos gasta-se em logística por cada real faturado? “Com esta radiografia, cada empresa saberá onde está seus principais cursos. Para o território servirá como instrumento de pressão para as autoridades melhorarem a infraestrutura de transporte”, enfatiza.
Taboada cita como exemplo uma empresa que fatura R$ 500 milhões e que através deste estudo conhecerá a estrutura de custos. “Se ela conseguisse com seus esforços reduzir R$ 0,01 em logística, poderia significar uma economia de R$ 5 milhões para a empresa. No território completo de Santa Catarina, que tem um PIB de aproximadamente R$ 72 trilhões, se todos os esforços conjuntos, de todas as forças públicas, empresas, sindicatos, governos... poderia reduzir R$ 0,01 dos custos logísticos poderia significar uma economia de R$ 72 bilhões para os cofres públicos e para as empresas e seria um grande resultado”, conclui.
O professor lembra que o Oeste tem algumas características específicas que fazem com que necessite de uma logística diferenciada e mais complicada do que das regiões mais próximas dos portos e esta é questão que precisa ser destaca nos estudos. "Temos uma admiração enorme e um grande carinho pelos empresários do Oeste, afinal, com todas as dificuldades de logística, apresentam um empreendedorismo mais acentuado para superar estas dificuldades e prosperar", finaliza.
A última pesquisa sobre os custos logísticos, realizada em 2017, mostra que o custo logístico das empresas catarinenses, que é de R$ 0,14 por real faturado, está acima da média nacional (R$ 0,11) e acima do observado em outros países, como Estados Unidos (R$ 0,08).
