
Os
acusados da morte de Júnior Núncio, crime ocorrido no dia 14 de outubro de
2018 foram julgados, nesta segunda-feira (14), nas dependência da Câmara de Vereadores
de Anchieta, Extremo Oeste de SC. Dejair Ramon Marques, Gian Marques, José
Delírio de Souza e Luan Fernando Marques foram acusados pelo Ministério Público
de homicídio. O crime ocorreu no
bairro Sol Nascente, em Palma Sola/SC. Segundo a denúncia, os acusados
desferiram pedradas, chutes e, pelo menos, seis golpes de facão contra a vítima
Júnior Núncio, provocando as lesões corporais, que foram a causa eficiente de
sua morte, em razão da fratura de crânio e perda de massa encefálica.
Vítima
e acusados estavam em via pública e Júnior portava uma barra de ferro, quando
se deparou com o veiculo conduzido por José quando tentou empreender fuga, pois
havia um desentendimento anterior, mas se deparou com Dejair, Gian e Luan vindo
em sua direção, momento em que José realizou manobra com seu veículo para
encurralar a vítima, tendo a ação conjunta a emboscado.
Na
sequência, José investiu contra a vítima com diversos golpes de facão,
momento em que os denunciados Luan e Gian também arremessaram pedras na vítima,
enquanto Dejair permaneceu no interior do veículo.
Júnior
ainda conseguiu escapar, mas foi alcançado e José desferiu ao menos seis golpes
de facão em sua nuca ao passo que Luan desferiu diversos chutes no tórax e
cabeça da vítima, enquanto Gian acompanhava e observava a ação dos comparsas,
já tendo se apoderado da barra de ferro que estava anteriormente com a vítima.
Após
ouvirem gritos de vizinhos no sentido de que a polícia seria acionada, José,
Luan e Gian empreenderam fuga, entrando no veículo de Dejair para garantir o
sucesso da evasão.
Ainda
na fase processual, o acusado Dejair Ramon Marques foi absolvido da acusação e
somente os demais foram a julgamento nesta segunda-feira.
No
julgamento agora, o conselho de sentença formado por cinco mulheres e dois
homens, inocentou o réu Gian Marques, defendido pelos advogados de Campo Erê,
Luiz Henrique Metz Mazetto e seu assistente Ivânio Loures Formighieri; e os
réus José, defendido pelos advogados Gaspar Fidelis de Almeida Junior e
Clederson Jardel Poersch, e Luan, defendido pelo advogado Daniel Decesaro,
foram sentenciados a 12 anos de prisão em regime fechado.
Os
réus José Delírio de Souza e Luan Fernando Marques, não compareceram ao
tribunal e José que não cumpriu as medidas judiciais a ele impostas, já possuía
um mandado de prisão, enquanto o Luan passa a ter que se apresentar para o
cumprimento da pena.
A Polícia
Militar e serventuários da Justiça também atuaram no julgamento. O júri foi
presidido pelo juiz de direito da comarca de Anchieta, Dr. Matheus Arcangelo, e
na acusação a promotora de justiça Jéssica de Souza Angel Fernandes.