ORIENTAÇÕES - 29/03/2022 08:50

Sociedade Catarinense de Pediatria faz alerta sobre exposição prolongada às telas

Aline Baierle, mãe de Amanda e Helena, destaca a importância de incentivar brincadeiras ao ar livre
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Aline Baierle com as filhas, Amanda e Helena (Camilla Constantin/WH Comunicações)
Os efeitos do uso precoce e da exposição prolongada às telas tem gerado preocupação a pais, pediatras e professores, o que levou a Sociedade Catarinense de Pediatria (SCP) a publicar um documento neste mês com orientações sobre o assunto. 
Com as restrições impostas pela pandemia, os pequenos passaram mais tempo conectados, seja em aulas on-line, como forma de tentar ocupar o tempo e até mesmo estabelecendo novas maneiras de se relacionar e manter contato com amigos e familiares. Em muitos casos, tal hábito seguiu mesmo com o fim das restrições, causando alterações no comportamento, desenvolvimento e sono.
Aline Baierle mora em Maravilha e é mãe de Amanda Luíza Willinghoefer, de nove anos, e Helena Luíza Willinghoefer, de quatro anos. Ela afirma que durante a pandemia, atuando como professora, precisava dar aulas on-line e preparar todos os materiais, enquanto as meninas também estavam em casa. “Percebo que ali a questão das telas se tornou mais atrativa para elas e, depois, isso causou uma certa dependência. Hoje, com a vida voltando ao normal, vejo que a pandemia prejudicou sim nesse sentido”, afirma. 
A mãe relata que não estipula horários fixos para o uso, mas o monitoramento é constante, de tempo e conteúdo. Ela também conta que após o período de isolamento ficou mais fácil de manter o controle, principalmente com a volta das aulas presenciais.
Para Aline, incentivar brincadeiras ao ar livre é fundamental. As meninas costumam brincar bastante com as amigas, andar de bicicleta e se divertir com outras atividades longe dos aparelhos eletrônicos. “O uso do celular, de forma bem direcionada, é uma excelente ferramenta de estudo e desenvolvimento. Muitas pessoas só enxergam como vilão, mas eu acredito que proibir não é a solução. O importante é ter limites”, destaca. 
“INTOXICAÇÃO DIGITAL”
Conflitos, isolamento social, fadiga e desempenho insatisfatório nos estudos são alguns dos sintomas que podem caracterizar a dependência. O uso excessivo e a não percepção da passagem do tempo, bem como o desenvolvimento de quadros de abstinência, com alterações de humor, também são pontos que exigem atenção.
Conforme a Sociedade Catarinense de Pediatria, pacientes com suspeita ou diagnóstico de intoxicação digital devem ser acompanhados por equipe multidisciplinar que esteja integrada e que inclua a família e cuidadores como parte fundamental na terapia proposta.
Outra orientação importante é a respeito da mediação, que deve se basear pelo estabelecimento de diálogo em relação a limites e regras, pelo estímulo de atividades em conjunto afastadas de mídias e também pelo exemplo dos pais em relação ao uso de dispositivos.
TEMPO MÁXIMO DE USO POR FAIXA ETÁRIA
•Crianças até 2 anos: nenhum tipo de exposição
•Crianças de 2 a 5 anos: uma hora
•Crianças de 6 a 10 anos: duas horas
•Adolescentes: três horas
Monitoramento de tempo e conteúdo é fundamental (Camilla Constantin/WH Comunicações)

Fonte: Camilla Constantin/WH Comunicações
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