Diagnósticos positivos entre crianças vêm crescendo neste ano (Foto: Carine Arenhardt/WH Comunicações)
O ano de 2022 começou com um pico histórico nos casos ativos de Covid-19 em Maravilha, mas não foram apenas os números gerais que chamaram a atenção. Um dado que gerou bastante preocupação foram os diagnósticos em crianças, crescimento que foi percebido também a nível de estado e país.
Em Maravilha, entre os meses de janeiro e fevereiro, o município contabilizou 235 crianças com diagnóstico positivo para Covid-19, número que representa mais de 40% do total acumulado em 2021. No ano passado foram 570 diagnósticos da doença em menores de 10 anos. Deste total, 259 crianças tinham até 3 anos, 164 idade entre 4 e 6 anos, e 147 entre 7 e 10 anos.
Entre os diagnósticos deste ano, 101 crianças tinham menos de três anos, 45 entre 4 e 6 anos e 89 delas apresentavam idade entre 7 e 10 anos. Outro dado repassado pela secretaria de Saúde é com relação as vacinas, apontando que das crianças com diagnóstico positivo neste ano, somente 18 estavam vacinadas.
MORTE DE BEBÊ
O dado mais impactante no município foi a morte de um bebê, com apenas 37 dias de vida, após ter confirmado o diagnóstico para Covid-19. O bebê era prematuro, chegou a ser atendido no Hospital São José de Maravilha no dia 13 de fevereiro, mas foi transferido para o Hospital Regional de São Miguel do Oeste, onde permaneceu por uma semana aguardando transferência para leito de UTI NEO Natal.
A demora na transferência foi devido as condições clínicas da criança, que não apresentava estabilidade para o transporte. A transferência foi possível no dia 21 para Hospital Infantil Seara do Bem de Lages, com o helicóptero Arcanjo do Corpo de Bombeiros. No entanto a criança acabou morrendo no dia 24. Este foi o único óbito de criança registrado no município.
MENOS DE 40% ESTÃO VACINADAS
Iniciada na segunda quinzena de janeiro, a imunização das crianças com menos de 11 anos vem avançando em ritmo lento no município. Até a quinta-feira (3) o município havia contabilizado 847 doses aplicadas para este público. No entanto, o número representa pouco menos de 40% do total de crianças nesta faixa etária no município, conforme balanço divulgado pela Secretaria de Saúde.