RECOMEÇO - 25/09/2023 08:03

Família atingida pela enchente no Rio Grande do Sul decide morar em Maravilha

Chuvas intensas deixaram rastros de destruição e provocaram mais de 40 mortes
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Foto: Arquivo pessoal
Depois de anos com moradia própria e vida já estabelecida em Encantado, uma das cidades afetadas pela enchente histórica que assolou o Rio Grande do Sul, a família de Júlio César Betinardi decidiu recomeçar em Maravilha. O local escolhido foi o Bairro Jardim Mirante.
Ele recebeu a equipe de reportagem do Jornal O Líder em sua nova moradia, já mobiliada. “Estamos em processo de organização, minha família veio dias antes e muitas pessoas ajudaram. Só temos a agradecer pela mobilização, por todos que fizeram doações. É momento de recomeçar e acredito que tem coisas muito boas para nós aqui”, afirma. 
Betinardi está acompanhado da mãe, de 80 anos, da esposa e da filha do casal, de 8 anos. “Recebemos visitas praticamente todos os dias, pedem se precisamos de algo. Fomos muito bem acolhidos. Minha esposa tem parentes aqui, já morei em Cunha Porã e conhecia a cidade. Maravilha é um município promissor”, acredita. 

A TRAGÉDIA
As chuvas intensas que causaram enchentes e deixaram estragos em cidades gaúchas provocaram mais de 40 mortes. O número de feridos passou de 900. O desastre natural causou ainda a destruição de casas, comércios, pontes, além da queda de árvores. “Perdi muita gente conhecida, que convivíamos juntos”, lamenta. 
Ele explica que no dia da enchente, ainda pela manhã, já estava atento a informações sobre a situação. Porém, foi no período da tarde que o cenário começou a piorar, momento em que reuniram alguns pertences e levaram até o ginásio da comunidade. Além disso, levantaram algumas roupas, eletrodomésticos e eletrônicos, baseados em outra enchente que atingiu a cidade em 2020.
Foto: Arquivo pessoal
A situação, infelizmente, foi pior do que imaginava. Por volta das 19h30 a água invadiu até mesmo o ginásio, bem como casas que anteriormente eram consideradas seguras nesse sentido. No outro dia, a família voltou para o local de sua residência e encontrou apenas rastros de destruição. “A água chegou até cerca de dois metros para cima da casa. Perdemos tudo”, diz. 
Ele morava no interior e fazia tudo o que precisava na cidade vizinha de Muçum, por ser divisa e ficar nas proximidades de sua residência. “Eles desanimaram bastante, não sei como vão reconstruir”, destaca. Betinardi possui familiares no Rio Grande do Sul e pretende voltar, mas apenas como visita – o Oeste de Santa Catarina é o seu novo lar.   

Fonte: Camilla Constantin/ WH Comunicações
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