Registro da mãe com as crianças. Foto: Divulgação
Marilete Spiecker perdeu sua irmã gêmea, Izolete, em 2008. Ela foi assassinada pelo ex-companheiro dentro de casa. O sobrinho, Alex Ortis com pouco mais de cinco anos, foi morar com o pai no Rio Grande do Sul depois da perda. A tia buscava o sobrinho nas férias e feriados e fazia questão de levar um bolo no aniversário da criança. Em uma das visitas, Alex não quis voltar para casa. Falou sobre as necessidades que passava morando com o pai.
Foi então que Marilete, apaixonada pelo menino, entrou com o pedido de guarda da criança. Foram meses de sofrimento e medo, pois Alex vivia ilegalmente com a tia. Graças à justiça, ela ganhou o direito de poder criar o menino. “Meu amor pelo Alex começou ainda na barriga da minha irmã. Eu lutei por ele e nunca pensei duas vezes antes disso. Ele é meu filho”, fala.
Marilete teve dois filhos: Rafael Borba e Tuany Spiecker. Rafael é pouco mais de um ano mais jovem que Alex. Já Tuany tem dois anos. Os dois auxiliam na criação da menina e dividem os cuidados da casa com Marilete. Alex agora tem 18 anos, um emprego e o diploma de ensino médio. “No dia da formatura, ele me olhava e a gente chorava de emoção. Hoje ele tem sua própria vida, mas sempre irei cuidar dos meus meninos”, declara.
SER MÃE
A mãe lembra que o início da família foi de dificuldade, mas graças à dedicação hoje as coisas melhoraram. Para ela, ser mãe é um esforço diário, que exige preocupação e amor. “É necessário saber quando é a vez do puxão de orelha e quando é a vez do abraço. Gosto muito de ensinar com o exemplo, porque dentro de casa é melhor aprender do que com a vida”, finaliza.