Sandra dirige desde 2011. Foto: Diana Heinz/O Líder
Sandra Frobrig sai às 5h40 de casa para dirigir sua van e entregar peças por toda a região. Funcionária da Copema Autopeças, a motorista ama o ofício. Ela fez sua primeira habilitação em 2011 e hoje aos 32 anos planeja aumentar a qualificação do documento para dirigir veículos maiores.
No início, Sandra foi taxista. Levava pessoas a diferentes locais, cidades e estados. Tudo isso de carro. A prática a levou para locais mais distantes e a fez sentir-se segura. Assim que completou dois anos de motorista, ampliou sua habilitação para a categoria D, que abrange veículos motorizados utilizados no transporte de passageiros. “Desde a primeira vez que dirigi, percebi que era aquilo que eu queria pra mim. Pegar a estrada faz parte de mim”, declara.
A motorista adora registrar o ambiente com o celular, uma forma de marcar a memória do momento
PRECONCEITO
Uma das primeiras vezes que sofreu preconceito por ser mulher foi no início da carreira. Naquele dia Sandra levou diversas pessoas para uma festa comunitária. Um passageiro, ao perceber que ela dirigia o micro-ônibus, desceu e foi com o próprio veículo até o local. “Ele chegou a falar que não iria porque eu era mulher. Mas não me importei e sigo em frente. Sei que sou uma profissional”, afirma.
FUTURO
Sandra não imagina trabalhar com outra coisa que não seja como motorista. Uma das coisas que mais gosta são as paisagens que a estrada mostra. Diferentes locais, climas e pessoas. Muitas vezes durante as paradas ela registra o ambiente com o celular, uma forma de marcar a memória do momento.
A motorista pretende em breve adicionar a categoria E a sua habilitação. A letra envolve a condução de um veículo motorizado combinado, ou seja, uma parte em que a unidade tratora esteja nas categorias B, C ou D, e a outra parte, acoplada, seja um reboque, semirreboque, articulada ou trailer. Para ela, fazer isso será seguir os passos de seus sonhos.
