TRAGÉDIA EM SAUDADES - 04/05/2022 14:45 (atualizado em 04/05/2022 15:04)

“Aos poucos vamos aprendendo a conviver com a dor”, diz prefeito de Saudades

Quarta-feira foi marcada por homenagens às vítimas da chacina, que completa um ano
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Homenagem realizada na manhã desta quarta-feira (Foto: Nova FM)
Uma homenagem realizada na manhã desta quarta-feira (4), marcou um ano da chacina que deixou cinco vítimas fatais em Saudades, no dia 4 de maio de 2021. Três crianças e duas professoras morreram após o ataque. 
Um ano depois, Saudades ainda vive o sentimento de luto, principalmente entre os familiares das vítimas. Nesta manhã familiares, servidores da creche Pró-Infância Aquarela, representantes do poder público e comunidade em geral, se reuniram para uma homenagem, com um momento de oração e muita emoção. 
Em entrevista, o prefeito Maciel Schneider, destaca que Saudades segue se reconstruindo e aprendendo a conviver com a dor. 
“Aos poucos a gente vai aprendendo a conviver com essa dor, para as famílias a gente sabe que ainda é muito recente, a dor permanece, mas que aos poucos as famílias também vão aprendendo a conviver com essa situação. Esquecer, jamais vamos esquecer”, reforça 
O prefeito ressalta também que a união da comunidade foi fundamental para que a creche voltasse a funcionar. 
“Após um ano do ocorrido, Saudades tenta e se esforça para voltar a rotina normal, com certeza a união de toda a nossa gente fez com que o mais breve possível pudéssemos reativar aquela unidade escolar, porque tínhamos muitas famílias que precisavam e que ainda precisam deixar suas crianças nessas unidades” destaca. 
(Foto: Nova FM)
“A gente investiu pesado para retomar a sensação de segurança”
Após o ataque, o sistema de segurança das creches no município foi reforçado, para que funcionários, alunos e familiares pudessem ter novamente a sensação de segurança. As unidades escolares do município ganharam portões eletrônicos, vigias e também um botão do pânico. O botão pode acionado pela unidade escolar em situações de risco, emitindo de forma imediata um alerta às forças de segurança para se deslocarem até a escola. 
“A gente investiu pesado para retomar a sensação de segurança no nosso município, que é um município muito tranquilo, de pessoas trabalhadoras, e infelizmente este fato ocorreu aqui. Não deveria ter acontecido aqui, assim como não deveria ter acontecido em lugar nenhum. Nenhuma família merece passar o que essas famílias de Saudades estão passando”, lamenta. 
O prefeito ressaltou que a creche Aquarela, onde ocorreu o ataque, também teve todo o projeto arquitetônico alterado, para dar uma sensação de acolhimento para crianças e equipe. A sala onde as crianças foram mortas foi transformada em um espaço de lazer, sem as paredes. 
Creche onde ocorreu o ataque passou por reforma (Foto: Carine Arenhardt/WH Comunicações)
Ajuda psicológica ainda é mantida 
Para auxiliar as famílias e também a comunidade em geral, foram disponibilizados logo após a tragédia, 24 profissionais da área de psicologia e assistência social, custeados pelo governo estadual. Os profissionais estão atuando dentro das escolas do município e nas estaduais e unidades de saúde. 
“Além das nossas equipes que já possuíamos. Salientamos que o atendimento tem também um local separado, na sala do psicossocial, em um imóvel que foi preparado para receber essas famílias, essas pessoas que buscam atendimento, não necessariamente relacionados apenas ao caso da creche Aquarela, mas qualquer cidadão que necessite tem esses profissionais disponibilizados pela prefeitura, através dos profissionais contratados pelo governo do Estado”, afirma o prefeito.  
 “Precisamos estar sempre atentos aos jovens e tecnologias”, 
O prefeito Maciel Schneider deixou ainda um recado para toda sociedade. “A gente precisa estar sempre atento aos jovens, às tecnologias, os pais dentro de casa sempre saber o que as crianças estão olhando nos computadores, para que a gente não seja surpreendido com uma situação como Saudades foi surpreendida, uma cidade tão tranquila”, reforça. 
As vítimas 
As vítimas fatais da chacina são a professora Keli Aniecevski de 30 anos, agente educacional Mirla Renner Costa, de 20 anos, e as crianças Sarah Luiza Sehn, de 1 ano e 7 meses, Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses, e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses. Henrique Hubler foi o único sobrevivente, após também ser ferido durante o ataque, na época com 1 ano e oito meses. 
Processo criminal suspenso 
O processo criminal contra o autor do ataque, Fabiano Kipper Mai, está temporariamente suspenso na Justiça, aguardando o julgamento de um recurso apresentado pela defesa, envolvendo a sanidade mental do acusado. Três laudos periciais, com parecer distintos já foram apresentados. 
O Ministério Público já fez a denúncia contra Fabiano, por cinco homicídios qualificados e 14 tentativas de homicídio, contra outros funcionários e crianças que estavam na creche no dia do ataque. 
Fonte: Carine Arenhardt/WH Comunicações
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