Durante um encontro de família, uma mancha na perna de Traude Cecilia Michels chamou a atenção dos familiares. Após o episódio, ela buscou orientação médica, realizou exames e descobriu o diagnóstico de câncer de pele melanoma. A agilidade na busca do tratamento contribuiu de forma significativa para a sua qualidade de vida. Hoje, com 72 anos, residindo em São Miguel da Boa Vista, está em tratamento e realiza acompanhamento médico regularmente em centros especializados da região. Quando alguma mancha é identificada, prontamente é retirada.
O relato de Traude é um exemplo sobre a importância de conhecer e ficar atento ao corpo, sem hesitar na busca por ajuda médica para identificar e tratar o câncer de pele. Esta doença ocorre principalmente nas áreas do corpo que são mais expostas ao sol, e é classificada de duas formas: como câncer de pele tipo não melanoma e câncer de pele melanoma. O Dr. Gustavo Poletto, especialista em dermatologia, explica a principal diferença entre eles: “Tem origem em células diferentes da pele, o que diferencia o comportamento de cada um”. Ambos os tipos de câncer possuem tratamento através do Sistema Único de Saúde (SUS).
O câncer de pele não melanoma é um dos mais frequentes no Brasil. Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam 220.490 novos casos por ano, entre 2023 e 2025. O não melanoma pode se apresentar a partir de diferentes tipos de tumores. Poletto apresenta dois exemplos e suas características: o carcinoma basocelular (invade os tecidos e cresce num só local), e o carcinoma epidermóide (possui mais chance de se espalhar pelo corpo, especialmente quando ocorre em áreas de mucosa).
Poletto reforça a necessidade de ações de prevenção no decorrer de todo o ano. Dentre as orientações, está a de evitar se expor ao sol sem protetor solar, ter um olhar atento aos sinais do corpo, e realizar consultas regulares com especialista: “Se você percebe uma lesão que está mudando, que vem trocando de cor, ficando maior, mais escura, diferente em relação às outras, é importante revisar! Tem que se atentar à lesão que foge do padrão”, alerta.