CÂNCER DE PELE - 14/01/2025 10:10 (atualizado em 14/01/2025 11:13)

Atenção aos sinais: diagnóstico precoce salva vidas

Especialista traz mais informações sobre a doença
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Durante um encontro de família, uma mancha na perna de Traude Cecilia Michels chamou a atenção dos familiares. Após o episódio, ela buscou orientação médica, realizou exames e descobriu o diagnóstico de câncer de pele melanoma. A agilidade na busca do tratamento contribuiu de forma significativa para a sua qualidade de vida. Hoje, com 72 anos, residindo em São Miguel da Boa Vista, está em tratamento e realiza acompanhamento médico regularmente em centros especializados da região. Quando alguma mancha é identificada, prontamente é retirada. 

Gustavo Poletto, especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Foto: Arquivo Pessoal

O relato de Traude é um exemplo sobre a importância de conhecer e ficar atento ao corpo, sem hesitar na busca por ajuda médica para identificar e tratar o câncer de pele. Esta doença ocorre principalmente nas áreas do corpo que são mais expostas ao sol, e é classificada de duas formas: como câncer de pele tipo não melanoma e câncer de pele melanoma. O Dr. Gustavo Poletto, especialista em dermatologia, explica a principal diferença entre eles: “Tem origem em células diferentes da pele, o que diferencia o comportamento de cada um”. Ambos os tipos de câncer possuem tratamento através do Sistema Único de Saúde (SUS).

O câncer de pele não melanoma é um dos mais frequentes no Brasil. Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam 220.490 novos casos por ano, entre 2023 e 2025. O não melanoma pode se apresentar a partir de diferentes tipos de tumores. Poletto apresenta dois exemplos e suas características: o carcinoma basocelular (invade os tecidos e cresce num só local), e o carcinoma epidermóide (possui mais chance de se espalhar pelo corpo, especialmente quando ocorre em áreas de mucosa).

O câncer melanoma é considerado mais grave, devido à sua grande possibilidade de metástase. Ele tem origem nas células produtoras da melanina - substância que determina a cor da pele. Santa Catarina é o estado com maior incidência do câncer de pele do tipo melanoma no país - de janeiro a setembro deste ano foram registrados 535 novos casos da doença, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado.

Poletto reforça a necessidade de ações de prevenção no decorrer de todo o ano. Dentre as orientações, está a de evitar se expor ao sol sem protetor solar, ter um olhar atento aos sinais do corpo, e realizar consultas regulares com especialista: “Se você percebe uma lesão que está mudando, que vem trocando de cor, ficando maior, mais escura, diferente em relação às outras, é importante revisar! Tem que se atentar à lesão que foge do padrão”, alerta. 

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Principais fatores de risco 
(fonte: Ministério da Saúde)

Pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares;
Pessoas com história pessoal ou familiar de câncer de pele;
Pessoas com doenças cutâneas prévias;
Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol;
Exposição prolongada e repetida ao sol;
Exposição ao bronzeamento artificial.

Em Maravilha, o exame de Dermatoscopia ajuda a identificar casos da doença. Procedimento está disponível através do SUS. Clique aqui e saiba mais.

Fonte: Tamara Finardi/ Rádio Líder/ WH Comunicações/ Jornal O Líder
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