ANDARILHOS - 31/01/2022 15:43 (atualizado em 31/01/2022 15:47)

Assistência Social registra aumento em demandas para população de rua em Maravilha

Artistas de rua, que passam pela cidade, estão entre os principais atendimentos
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Secretária de Assistência Social, Kathiucya Lara Immig (Foto: Arquivo WH Comunicações)
Os casos de afastamento ou rompimento familiar vem agravando um problema social e também de saúde pública em todo território nacional. Em Maravilha o cenário não é diferente, com aumento na demanda de atendimentos para a população de rua.  Conforme a secretária de Assistência Social, Kathiucya Lara Immig, em 2021 foram contabilizados 75 atendimentos para este público, através do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS). 
A principal demanda no município foi o fornecimento de auxílio passagem, para pessoas que passaram por Maravilha e depois seguiram para outro destino. Este auxílio é garantido em lei municipal desde 2018. 
A secretária ressalta ainda que entre os atendimentos para a população de rua, o CREAS também trabalha no encaminhamento para a rede pública de saúde para tratamentos decorrentes da condição de vida, auxílio para o retorno ao mercado de trabalho e fortalecimento dos vínculos familiares quando desejado pela pessoa. 
UM MORADOR DE RUA PERMANENTE 
Embora os atendimentos sejam crescentes, atualmente Maravilha tem em acompanhamento apenas um morador de rua permanente, ou seja, que não está de passagem pelo município. A secretária de Assistência Social reforça que Maravilha recebe principalmente pessoas que vem de outros países da América Latina, especialmente da Argentina, e que são artistas de rua. 
Em sua grande maioria, eles ganham seu sustento se apresentado em semáforos da cidade, permanecendo no município por alguns dias e depois seguindo viagem. Enquanto permanecem na cidade, eles costumam montar barracas em terrenos baldios. 
CASA DE APOIO 
A secretária de Assistência Social explica que embora o município não tenha uma equipe específica que realize a abordagem social, a busca ativa é realizada em visitas e quando ocorrem denúncias, além da procura ocorrer muitas vezes pelo próprio andarilho. A orientação da equipe é sempre que eles passem a noite em casa de apoio. 
“Mas, muitos deles preferem ficar na rua mesmo. Segundo eles, essa é a vida deles, não se imaginam trabalhando em outro local, nem morando numa casa permanecendo muito tempo na mesma cidade. A maioria não busca auxílio para sair dessa situação, já que gostam do que fazem e da maneira que vivem. Poucos pedem auxílio para arrumar outro trabalho, também tentamos resgatar vínculos familiares quando possível, porém são poucos os casos que retornam para conviver com seus familiares”, explica a secretária. 
A Administração Municipal não tem um abrigo oficial para população em situação de rua, no entanto quando necessário eles são encaminhados para a casa de apoio da Comunidade Cristã Missão Redime, localizada no centro da cidade. A secretária reforça que este serviço voluntário tem auxiliado muito o município com essas pessoas em situação de rua. 
Fonte: Carine Arenhardt/WH Comunicações
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