Geral - 17/06/2020 09:43

Setor de serviços tem queda recorde de 11,7% em abril, diz IBGE

Setor passa a acumular perda de 18,7% em 3 meses seguidos de retração. Serviços prestados às famílias registram tombo de 44,1% no mês.
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O volume de serviços prestados no Brasil teve queda recorde de 11,7% em abril, na comparação com março, com perdas generalizadas em todas as as atividades, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Esse é o terceiro recuo consecutivo e o mais intenso da série histórica, iniciada em janeiro de 2011", destacou o IBGE.

Na comparação com abril do ano passado, a queda foi ainda maior, de 17,2% – a segunda taxa negativa nesta base de comparação.

Com o tombo recorde em abril, o setor, que possui o maior peso na composição do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, passou a acumular perda de 18,7% em 3 meses.

No acumulado do ano, a queda é de 4,5% frente a igual período do ano anterior. Em 12 meses, passou a registrar perda de 0,6%.

Com os resultados de abril, o setor de serviços atingiu o patamar mais baixo da série histórica da pesquisa. Ele ficou 27% abaixo do pico mais alto, registrado em novembro de 2014, e bem abaixo do piso até então alcançado, em maio de 2018, quando ficou 15,7% abaixo do pico.

Quedas recordes em todas as 5 atividades pesquisadas


Este foi o segundo mês seguido em que os cinco grandes ramos de atividade do setor tiveram queda. Desta vez, o recuo foi recorde para os cinco, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-17,8%) e serviços prestados às famílias (-44,1%). Em 2 meses, esses dois setores acumulam quedas de 24,9% e 61,6%, respectivamente.

Os demais resultados negativos vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-8,6%), de informação e comunicação (-3,6%) e de outros serviços (-7,4%).

Considerando todos os subgrupos, os tombos mais expressivos foram registrados no transporte aéreo (-73,8%), nos serviços de alojamento e alimentação (-46,5%) e nos outros serviços prestados às famílias, incluindo salões de beleza, academias e reparos (-33,3%).

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, antes da pandemia a última vez que se observou queda disseminada entre todos os cinco ramos foi em maio de 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros.



Veja a variação do volume de serviços em abril, por atividade e subgrupos:

Serviços prestados às famílias: -44,1%

Serviços de alojamento e alimentação: -46,5%

Outros serviços prestados às famílias (salões de beleza, academias, reparos, etc): -33,3%

Serviços de informação e comunicação: -3,6%

Serviços de tecnologia da informação e comunicação: -1,1%

Telecomunicações: 0,1%

Serviços de tecnologia da informação: -2,4%

Serviços audiovisuais: -22,7%

Serviços profissionais, administrativos e complementares: -8,6%

Serviços técnico-profissionais: -3,5%

Serviços administrativos e complementares: -9,9%

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: -17,8%

Transporte terrestre: -20,6%

Transporte aquaviário: -0,1%

Transporte aéreo: -73,8%

Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: -5,8%

Outros serviços: -7,4%


O índice de atividades turísticas também teve forte recorde, com um tombo de 54,5% frente a março. 

Fonte: Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1
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