O estudo mostra que a participação de estrangeiros em relação ao total de turistas no litoral de Santa Catarina caiu de 17,8% (2020) para 2,1% (2021). A queda atingiu principalmente os públicos argentino (17,8% do total para 0,2%) e uruguaio (1,6% para 0,1%). Por outro lado, cresceu o público brasileiro (de 82,2% do total para 97,9%). Houve avanço entre gaúchos (24,6% para 37,6%), catarinenses (18,4% para 23,2%) e paranaenses (17% para 19,6%). Caiu a participação de paulistas (13,7% para 9,7%).
Outro efeito da pandemia no turismo foi a queda do uso de imóveis alugados. A participação deste tipo de hospedagem encolheu de 33,4% para 25,1% do ano passado para cá. Por outro lado, subiu a participação de hotéis e pousadas (32% para 35,9%) e casa de parentes e amigos (16% para 23,1%).
O estudo apontou ainda a avaliação dos empresários do setor de comércio e serviços sobre o movimento de clientes no verão. Devido ao período de incertezas, a avaliação da temporada como 'boa' ou 'muito boa' foi a pior em oito anos, com 30,3% das respostas, contra 50% do ano passado e 38,8% de 2019. A avaliação ruim (33,2%) e muito ruim (18,1%) foi a maior desde 2013. Além disso, os empresários apontaram um valor do ticket médio por setor na temporada de verão 2021 de R$ 273,30, pouco maior do que em 2020.
Em relação à hospedagem, o número médio de dias de permanência em hotéis e pousadas caiu de 4,8 (2020) para 4 dias (2021). A taxa de ocupação de leitos, por consequência, também encolheu: passou de 79,2% para 52,6%.