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A autorização para que a Alesc utilizasse as aeronaves alugadas pelo Estado é fruto do convênio 01/2015, firmado entre o então secretário da Casa Civil, Nelson Serpa, e o então presidente da Alesc, ex-deputado Gelson Merísio. O governo pagava – como ainda faz – um ‘pacote’ mínimo pelas aeronaves, mas não utilizava todo o valor previsto no contrato. O acordo permitiu que a Alesc usasse as horas de voo excedentes.
Em 2015, primeiro ano de acordo, a Alesc utilizou o equivalente a R$ 176 mil em horas de voo. Em 2016, o Legislativo contabilizou um gasto de R$ 308.293,93.
Os dados públicos sobre os voos não informam quais foram os trajetos realizados, nem quem eram as pessoas a bordo – dizem apenas o total de horas voadas. Isso impede a confirmação sobre a real necessidade de uso da aeronave.
O cruzamento de dados do uso do helicóptero com as informações publicadas pelo então deputado nas redes sociais indicou que, de 1º a 3 de junho de 2018, ele cumpriu agenda do PSD em uma série de voos entre São José e as cidades de Três Barras, Xanxerê, Chapecó e Blumenau. O custo das viagens, coberto pelo convênio com o Governo do Estado, foi de R$ 19.757,97.
Já o deputado Silvio Dreveck disse não lembra da requisição de aeronaves por outros parlamentares durante o período em que ele foi presidente da Alesc, em 2017 e parte do ano de 2018. O parlamentar afirmou que fez uso do helicóptero somente em atos oficiais, mas não recorda de quantas viagens fez na época.
O convênio entre a Casa Civil e a Alesc durou até o fim de 2018. A partir de 2019, o uso das aeronaves ficou restrito ao Governo do Estado. O contrato atual é de 25 horas de voo por mês, o que soma cerca de R$ 250 mil. Por determinação do governador Carlos Moisés (PSL), as horas contratadas que não são usadas pelo governo ficam a serviço da SC Transplantes, para transporte de órgãos.