O estudo é realizado desde 1989 pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), unidade vinculada ao Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação. A divulgação dos dados ocorreu na véspera da data em que é celebrado o Dia Nacional da Mata Atlântica, 27 de maio.
De acordo com o Atlas atual, o desmatamento se intensificou em 10 dos 17 estados que compreendem o bioma: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Espírito Santo.
Os três estados que mais desmataram no período anterior seguem no topo do ranking, embora mostrem ligeiras reduções em seus índices: Minas Gerais (de 4.972 para 4.701 hectares), Bahia (de 3.532 para 3.230 hectares) e Paraná (de 2.767 para 2.151 hectares). Junto de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul, respectivamente o quarto e o quinto da lista, eles acumulam 91% da perda de vegetação da Mata Atlântica entre 2019 e 2020.
Além disso, ele explica, no que se refere à Mata Atlântica, 13 mil hectares é muito, porque se trata de uma área onde qualquer perda impacta a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, como regulação do clima e disponibilidade e qualidade da água.
- Os governos precisam fazer valer a Lei da Mata Atlântica, que não permite a conversão de áreas florestais avançadas, e garantir o desmatamento ilegal zero por meio do combate às derrubadas não autorizadas.
Extração de madeira, crescimento das cidades e agronegócio
Uma decisão judicial de terça-feira (25), atendendo a uma ação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), determina que criadores de gado recuperem uma área desmatada de maneira clandestina no Litoral catarinense. Ainda cabe recurso.
A decisão se refere a uma área de 12.980 m² em Porto Belo. Os sócios da empresa devem elaborar e executar um Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) em até 90 dias. Também estão proibidos de criar ou transitar com animais na área até que todo o local esteja recuperado.