IMUNIZAÇÃO - 09/07/2021 07:06

Ministério da Saúde veta mistura de vacinas da Covid-19 em gestantes

Não há evidência científica acerca do câmbio de vacinas nas gestantes, diz o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
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O Programa Nacional de Imunizações (PNI), deve continuar contraindicando a aplicação de vacinas contra Covid-19 de diferentes fabricantes na primeira e segunda doses em grávidas e puérperas. A afirmação foi repassada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quinta-feira (8).

A declaração foi dada em uma entrevista para detalhar uma nova nota técnica do Ministério da Saúde acerca da vacinação deste grupo.

Em maio foi suspensa a aplicação da vacina da AstraZeneca para gestantes e puérperas. Esse caso deixou gestores municipais e estaduais em dúvida sobre como completar o esquema vacinal das mulheres que já haviam tomado a primeira dose — cerca de 15 mil naquela ocasião.

Nesta quinta, Queiroga afirmou que “aquelas que tomaram a vacina AstraZeneca vão completar a imunização após o puerpério com a mesma vacina. Se surgir alguma evidência científica que mostre alguma vantagem de se fazer a intercambialidade, assim será”.

Já o Estado do Rio de Janeiro autorizou, na última semana, que estas mulheres tomem a segunda dose da Pfizer, o que foi repelido pelo ministro.

“Secretários estaduais e secretários municipais de saúde que, por acaso, queiram modificar essa orientação do PNI não devem fazer por conta própria, devem fazer após a aprovação do grupo intergestor do Programa Nacional de Imunizações, apoiado pela Câmara Técnica. É claro que os secretários municipais ou estaduais têm a sua autonomia, mas não para mudar o cerne do que foi discutido na política tripartite”.

O caso

Em maio, a vacinação de gestantes sem comorbidades foi suspensa pelo Ministério da Saúde após uma gestante que havia recebido a vacina da AstraZeneca morrer de trombocitopenia, um efeito adverso raro do imunizante. A recomendação foi feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No dia 14 de maio, o PNI chegou a recomendar que este grupo de mulheres recebesse a segunda dose da Pfizer/BioNTech. No entanto, por decisão de Queiroga, a nota técnica foi revogada para uma nova análise, mesmo tendo passado por discussão prévia com 27 especialistas.

Desde então, grávidas e puérperas podem receber somente os imunizantes da Pfizer/BioNTech e a CoronaVac. A vacina da Janssen, que utiliza tecnologia semelhante à da AstraZeneca, também não deve ser usada.

Segundo o ministério, até agora ocorreram 1.400 mortes de gestantes por covid-19. A taxa de letalidade é em torno de 10%, enquanto na população em geral é menor do que 2%.

Fonte: ND+
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