Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 em todo o mundo e alguns países já promovendo reaberturas de serviços e eventos públicos, aumenta a expectativa sobre quando a pandemia de Covid-19 e as restrições necessárias por causa dela vão, de fato, chegar ao fim.
Em todos os casos a evolução da crise de Covid-19 até a saída da epidemia global depende de fatores como uma ampla cobertura vacinal em todo o mundo e o controle do avanço de variantes, como a Delta, que nos últimos meses se tornou a maior preocupação relacionada à disseminação da doença.
Ainda em abril, o diretor da entidade para a Europa, Hans Kluge, afirmou que para a pandemia acabar é preciso que 70% da população mundial esteja vacinada. Até o final de julho, apenas 13,9% da população mundial já havia tomado as duas doses ou vacinas de dose única, segundo dados do site Our World in Data.
Ele baseou a previsão em fatores positivos, como o avanço da vacinação e a queda de casos já observada no Brasil, mas também nos aspectos negativos que ainda podem afetar a propagação da doença, como o surgimento e o contágio por variantes do vírus, a falta de cuidados e as aglomerações que uma eventual reabertura poderia causar e o negacionismo do governo federal.
Segundo o professor, no caso da Covid-19 aconteceram coisas diferentes do que ocorrem em outras epidemias e pandemias. Uma delas é a quantidade de vacinas que surgiram em um curto espaço de tempo, que pode proporcionar uma imunidade coletiva capaz de pôr fim à crise global de saúde.
– O negacionismo e a atuação absurda do governo federal fez com que a gente atrasasse no mínimo seis meses. Agora estão todos tendo clareza de que mortes diminuíram sobremaneira, os casos que estão ocorrendo estão menos graves, isso tudo é fruto de vacina. Se tivéssemos feito a vacina quando ela deveria ter sido feita, talvez a gente hoje estivesse conversando num outro tom. Quase com certeza (num processo de saída da pandemia) – avalia.