RaulZilto tem milhares de seguidores nas redes sociais (Foto: Instagram/Reprodução)
A prisão foi comandada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Apesar de ter sido localizado na Capital, os crimes investigados teriam ocorrido em Niterói (RJ) e São Caetano do Sul (SP).
RaulZito é Raulino de Oliveira Maciel. Ele tem dois canais de games no YouTube, onde joga ao lado de "talentos mirins", como explica na descrição.
No canal principal, ele acumula mais de 145 mil inscritos e quase 1,8 milhões de visualizações. Os vídeos são publicados desde 2019. O influenciador também tem conta na Twitch, maior plataforma de transmissão de games. Ele soma mais de 120 mil seguidores.
Mais de 208 mil pessoas também acompanhavam a rotina do influencer no Instagram. Ele compartilhava o dia a dia com a equipe e o trabalho como gamer. Segundo informações publicadas na rede social, RaulZito se dividia entre Florianópolis e São Paulo.
Assessoria de gamers mirins
RaulZito mantinha uma assessoria de gamers mirins, com o objetivo de treinar e encontrar novos talentos no universo gamer. O trabalho era divulgado no canal do YouTube "QG do Raulzito". A imagem de descrição é um desenho do influencer ao lado de crianças do “time”.
Desde 2020, RaulZito integrava o time do SBT Games, responsável pela cobertura de games e de e-sports do canal. A emissora dispensou o influenciador após a prisão.
"O SBT informa que o youtuber Raulino de Oliveira Maciel, o 'Raulzito', não integra mais o quadro de streamers de SBT Games, do qual fez parte desde o início deste ano. Ele era produtor de conteúdo não exclusivo da plataforma, não tendo nesta condição direito algum em usar o nome da emissora em negociações fora das propriedades de SBT Games. O SBT aguarda a elucidação dos fatos e resultado da investigação, que resultou na prisão do youtuber na manhã desta terça-feira (27)”, disse a nota publicada pelo canal.
Prisão em Florianópolis
Segundo a Polícia Civil, RaulZito entrava em contato com crianças por meio das redes sociais e prometia acesso a trabalhos. Ele justificava, segundo a polícia, que conseguiria os feitos porque era contratado por uma emissora de TV.
Ao menos duas supostas vítimas prestaram depoimento à polícia do Rio de Janeiro. A suspeita é que mais crianças tenham sido vítimas.
A defesa do acusado não foi localizada.
