previdência - 04/08/2021 08:01

Contra reforma, delegados assinam manifesto e ameaçam entregar cargos

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Alguns dos delegados da regional de Criciúma que assinaram o manifesto estadual (Foto: Divulgação)
A Polícia Civil vai ao ataque nesta quarta-feira (4), dia D da reforma da Previdência na Assembleia Legislativa (Alesc). A tendência é de aprovação do projeto do governo Carlos Moisés. Últimas leituras indicam que a pauta terá entre 31 e 32 votos favoráveis. Em contrapartida, a segurança é o segmento que mais se levanta contra.

A Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina (Adepol) anunciou, na noite desta terça-feira (3), a assinatura de um manifesto por mais de 300 delegados de todas as regiões. A diferença no tratamento em relação aos militares e outras categorias da segurança pública está entre as reclamações.

Um total de 86 delegados assinaram documento renunciando aos cargos e funções de confiança que exercem caso a reforma seja aplicada como está. Outros 326 delegados também assinaram moção afirmando que não exercerão as vagas que forem abertas pelos colegas.

O documento da Adepol prevê que essas medidas serão suspensas caso a emenda proposta pela Polícia Civil seja incorporada à reforma. Embora a indicação da aprovação do projeto do governo por ampla maioria, deputados admitem que ainda aguardam últimas conversas, ao longo da manhã desta quarta, na expectativa de possíveis alterações na pauta. 

O delegado Ulisses Gabriel, que é suplente de deputado estadual pelo PSD e atualmente é titular da delegacia de Urussanga, no Sul catarinense, fez contundente postagem em rede social criticando o governo Moisés.

"Com cada vez mais nojo da Política. Governador “Comandante” Moisés e os aliados da Alesc querem acabar com a Polícia que pode investigar crimes contra o Estado. Já as emendas de vento em popa. Só no Brasil o parlamento recebe e distribui dinheiro. Separação de poderes não existe."

Na sua manifestação, a Adepol ainda pontuou confiança em possíves mudanças no projeto da reforma. Confira:

"Um Governo que desprestigia uma categoria tão importante e fundamental como a da Segurança Pública Civil, está muito longe de um ideal de justiça e dignidade.

A luta dos policiais civis é por um legado. Um legado de esperança para quem se dedica pela segurança de cada cidadão catarinense.

Um projeto previdenciário justo, condicente com a realidade de cada servidor da Polícia Civil de Santa Catarina, é o que move 86 delegadas e delegados, de todas as regiões do Estado, que sinalizaram deixar seus cargos/funções de confianças, caso não seja aplicado o senso de justiça para a categoria da Segurança Pública Civil de Santa Catarina.

Da mesma maneira, imbuídos do mesmo sentimento, outros 326 Delegados anunciaram que não irão exercer nenhuma das funções que ficarão possivelmente vagas. Esta ação será anunciada nas próximas horas, com efeito suspensivo caso a emenda de destaque da Segurança Pública Civil seja aprovada amanhã (hoje), 4 de agosto, pelos deputados estaduais, durante a votação do projeto da reforma da Previdência, na Alesc, e da reavaliação do pleito por parte do Governo do Estado.

Acreditamos na sensibilidade e na coerência por parte do Poder Executivo do Estado.

A luta desses delegados é por um futuro digno a todos os servidores da Segurança Pública Civil de Santa Catarina.
Nossa luta não é em vão, nossa luta é por todos".

Fonte: Denis Luciano/ DC
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