A criação do Voto Impresso é defendida arduamente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e também a que está mais próximo de ter uma definição. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19 já foi rejeitada na semana passada por 23 votos a 11 na comissão especial que discute o tema. Mesmo assim, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou que o tema será votado em plenário, como forma de encerrar o assunto. Um segundo relatório foi votado pela comissão na sexta-feira, antes da sequência da PEC para o plenário.
O texto também prevê outras mudanças, como o cômputo em dobro dos votos de candidatas mulheres para fins de distribuição do Fundo Partidário e Eleitoral, e altera a data de posse do presidente da República para 5 de janeiro e de prefeitos e governadores para 6 de janeiro, a partir de 2027.
Entre as alterações sugeridas estavam a proibição de divulgação de pesquisas eleitorais no dia e na véspera da votação, divulgação de “percentual de acerto” de institutos de pesquisa, permissão para uso do Fundo Partidário com qualquer tipo de despesa e auditoria privada em contas partidárias, antes de serem enviadas à Justiça.
No caso da PEC do Voto Impresso, no entanto, a ida do texto para votação em plenário vai permitir o posicionamento dos 16 deputados federais de SC. Na sexta-feira e no sábado, o presidente Jair Bolsonaro esteve no Estado e voltou a fazer a defesa do voto impresso. O assunto causou forte tensão entre os poderes ao longo da semana passada.