À frente do caso, o delegado Rubens Freitas informou que as condutas de dois pastores foram investigadas após determinação do Ministério Público, mas que apenas um deles foi responsabilizado.
Já o outro pastor, responsável por gravar o primeiro vídeo após saber sobre o trabalho realizado na escola, não foi responsabilizado. O delegado disse que a prática de crime não ficou suficientemente clara:
O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, que avalia se vai oferecer denúncia contra o suspeito ou não.
Entre os trabalhos de três turmas que participaram da ação, um único, que coloriu a escada do colégio com as cores do arco-íris e com palavras presentes na sigla LGBTQIA+, gerou polêmica e virou motivo de ofensas. O professor, não identificado por segurança, contou com exclusividade ao Diário Catarinense as retaliações sofridas após a realização da atividade pedagógica. Por conta disso, chegou a sair da cidade temporariamente.
Nas redes sociais, um vídeo gravado no dia 15 de julho, quando o trabalho começou a ser exposto na escola, um pastor da cidade incentiva aos pais dos alunos a questionarem a atividade.
Cerca de 15 dias depois, outro vídeo gravado pelo pastor indiciado, vinculou imagens de manifestações e de comemorações à atividade realizada na escola. Na mesma gravação aparece a frase: "Eles querem doutrinar seus filhos com falso discurso de respeito".
Na ocasião, por conta da polêmica e dos ataques, a Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil de SC (OAB/SC) também se posicionou publicamente. Por meio de nota, disse que é seu papel incentivar e favorecer a disseminação da pluralidade de ideias com vistas ao atingimento da igualdade entre todo o povo.