Um estudo científico, ainda em fase preliminar, aponta que 74% das internações por Covid-19 no Brasil são de pessoas não vacinadas contra a doença. Em Santa Catarina, este dado tende a ser ainda mais significativo, afirma o presidente do Cosems/SC (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina), Daisson Trevisol.
“São dados preliminares de um estudo feito no Brasil, geral. Em Santa Catarina, a gente estima que seja até um número um pouco maior. Estamos concluindo os estudos ainda”, pondera Trevisol.
De acordo com o Vacinômetro, do governo de Santa Catarina, até a tarde desta terça-feira (7), o Estado já aplicou um total de 7.177.218 doses.São 4.840.690 vacinados com a 1ª dose, o que representa 66,75% da população. Já aqueles totalmente imunizados, que já receberam a 2ª dose, são 2.336.570, ou seja, 32,22% da população.
Além da corrida pelas doses suficientes, há um temor de que as pessoas recusem a imunização, como foi visto em locais dos Estados Unidos, por exemplo, que teve adesão abaixo do esperado.Para o presidente do Cosems/SC, Santa Catarina não indica que terá este tipo de problema.
“Acredito que Santa Catarina não vá ser um exemplo negativo na adesão, porque estamos bem na vacinação, à princípio. Tem outros estados em situações mais complicadas”, analisa Trevisol.Segundo ele, a divulgação de dados científicos sobre as internações pode representar um impulso no incentivo à vacinação.
“Sem dúvidas isso é importante. Enquanto a gente ainda não tem dados científicos publicados, já estamos fazendo isso em algumas cidades, podemos dizer que é uma forma de incentivo. É só ver, deduzir nos números. Até a contaminação está sendo reduzida por conta da vacinação.”
Além disso, Trevisol enxerga outros métodos de estímulo à imunizações como parte importante do processo para os municípios e Estados.“Talvez ações relacionadas a desconto para quem fez… Essa possibilidade do passaporte para entrar em eventos é interessante, acho que tem que ser assim. O mundo inteiro está fazendo desse jeito”, conclui.
