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O maior interesse em investimentos ferroviários acontece porque o governo federal editou a Medida Provisória 1.065/2021 que cria o novo programa Pro Trilhos, que tem como diferencial o modelo de concessão por autorização. Essa alternativa prevê menos exigências a investidores e também não solicita a devolução da obra no fim da concessão. O projeto, considerado novo marco a setor, foi apresentado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e o presidente Jair Bolsonaro. Mas para entrar em vigor, será necessária a aprovação do Congresso Nacional.
A iniciativa da Ferroeste não surpreende porque ela já participou de reuniões em Chapecó para tratar da instalação desse ramal para trazer grãos, principalmente da região Centro-Oeste. A empresa, que tem o governo do Paraná entre os acionistas, também apresentou requerimentos para a construção de linhas ferroviárias entre Maracaju/MS e Dourados/MS, com 76 quilômetros de extensão; de Guarapuava/PR e Paranaguá/PR, com 405 quilômetros; e entre Cascavel/PR – Foz do Iguaçu/PR, ligação com 166 quilômetros.
Além dessa ferrovia para trazer grãos, Santa Catarina tem outras demandas relevantes em logística ferroviária. Uma delas, mais urgente, é o contorno de Joinville e região, uma obra que está com mais de 10 anos de atraso e foi orçada em R$ 450 milhões. A Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) tem algumas obras prioritárias previstas no segmento, entre as quais a Ferrovia Litorânea e uma ligação Leste-Oeste, para cargas e passageiros.