Jair Bolsonaro (sem partido) estará em reunião com o primeiro escalão e convidados do governo federal na manhã desta quarta-feira (8), após os atos do 7 de Setembro em que criticou o STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente do STF, Luiz Fux, deverá se manifestar no início da plenária com os demais membros da Suprema Corte.
Em discursos na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro mencionou o Supremo e, indiretamente, criticou o ministro Alexandre de Moraes. Já na avenida Paulista chamou o ministro, que é é relator do inquérito das fake news, de “canalha”. Fux e os demais magistrados devem se posicionar sobre as declarações do presidente.
“Não vamos mais admitir pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e desrespeitar a nossa Constituição. Ele teve todas as oportunidades para agir com respeito para todos nós, mas não agiu dessa maneira como continua não agindo”, disse Bolsonaro. “Ou o ministro se enquadra ou ele pede para sair.”Convocação do Conselho de Governo
Bolsonaro também afirmou que convocaria o Conselho da República. Entre os membros estão o vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e os líderes da maioria e da minoria das respectivas casas.
O órgão aconselha o presidente em casos de crise, especialmente quanto a decretar intervenções federais, como estado de defesa ou de sítio.Porém, o Palácio do Planalto informou que não haveria reunião do Conselho da República. Na verdade, a reunião seria a do Conselho de Governo, com ministros, o vice-presidente e convidados. O último encontro do grupo aconteceu em 19 de novembro de 2020.
O presidente disse que os atos do 7 de Setembro são um ultimato para todos os que ocupam posições na Praça dos Três Poderes. Entre os motivos que levaram Bolsonaro a atacar o STF é a defesa de conservadores presos por determinação de Moraes.