ALTERNATIVAS PARA EVASÃO - 14/09/2021 09:01 (atualizado em 14/09/2021 10:15)

Com dados desatualizados, Alesc debate alternativas para conter evasão escolar

Uma audiência pública foi realizada, na última segunda-feira, para tentar conter um número estimado - e impreciso - de 13 mil alunos em condições de evasão
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Com uma evasão escolar estimada em 13 mil alunos, o Estado de Santa Catarina busca reduzir esse dado que, além de impreciso, chama atenção pela quantia.

O tema esteve na pauta da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) na tarde desta segunda-feira (13), em audiência pública, a fim de buscar alternativas para, além de ter precisão do dado, encontrar maneiras para reduzir o valor.

Com dados do Censo Escolar relativos a 2017/2018 e com os números do Programa Apoia, do  MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), necessitando de revisão, Santa Catarina pretende enfrentar a evasão escolar, estimada em 13 mil alunos, com busca ativa dos evadidos e com a concessão de bolsas de estudos para estudantes do ensino médio.

Foi sugerido ainda o resgate dos planos municipais de educação, principalmente com relação à educação em tempo integral e profissional; a implantação de atividades no contraturno; atualização, pelas escolas, da plataforma Apoia; prevenção de gravidez na adolescência; e vagas no programa Jovem Aprendiz, tudo para conter a evasão.

Segundo dados do programa Apoia, cerca de 22 mil alunos da rede pública estadual e municipal afastaram-se das salas de aulas em 2020/2021, sendo que nove mil retornaram após busca ativa pelas escolas, totalizando cerca de 13 mil alunos fora da escola.

“É fundamental que todas as redes implementem a busca ativa”, insistiu o promotor João Botega, representante do MPSC, que reconheceu que os dados do programa Apoia estão desatualizados.

Já a representante da SED (Secretaria de Estado da Educação), Paula Cabral, informou que os dados oficiais de evasão escolar são relativos a 2017/2018, quando atingiram cerca de 2% das matrículas.

“A evasão nas escolas estaduais e municipais é de 0,4% para os anos iniciais, mas nos anos finais do ensino fundamental aumenta para 4,6%”, relatou a gerente da SED, acrescentando que entre os motivos da evasão, destaque para a falta de acesso à internet.

“Por isso entendemos que a internet deveria ser garantida e os estudantes receberam acesso à internet patrocinada, através de celular”, informou Paula Cabral.

Já as deputadas Marlene Fengler (PSD), que sugeriu a realização e presidiu a audiência pública, e Luciane Carminatti (PT) defenderam a concessão de bolsas de estudos para incentivar a permanência do aluno na escola. “Defendo o apoio financeiro às famílias em vulnerabilidade social com crianças fora da escola”, declarou Marlene.

“Nós defendemos bolsas de estudos, o governo acolheu nossa sugestão, e por isso apresentamos um projeto de lei”, revelou Carminatti, referindo-se ao Projeto de Lei no 316/2021, que dispõe sobre bolsa de manutenção aos estudantes do ensino médio das escolas estaduais.

Auditoria no TCE

Gerson dos Santos Sicca, conselheiro substituto do TCE (Tribunal de Contas de Santa Catarina), anunciou que o tribunal iniciou uma auditoria para verificar os procedimentos da rede pública de ensino no enfrentamento da pandemia, com foco, entre outros, na busca ativa e na vulnerabilidade das famílias.

“Ainda não dispomos de dados, está em momento inicial”, informou Sicca.

O representante do TCE orientou os gestores municipais a abrir créditos adicionais ou remanejar o orçamento para bancar os custos para o acesso à educação.

“É preciso garantir a matrícula a qualquer tempo, buscar (os evadidos) e trazê-los para a rede novamente, mas há custos para trazer esses alunos”, reconheceu o conselheiro, que alertou os gestores que ao não garantirem a oferta à educação, podem ser responsabilizados juridicamente.
Fonte: ND mais - notícia do dia
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