Benjamin brincava no quintal da casa da avó no final da tarde de segunda-feira (13) quando ocorreu o acidente. Ele corria atrás de uma bola e repentinamente começou a gritar e chorar. Assim que a senhora foi acudi-lo, avistou a cobra do lado do pé do neto. Enquanto avisava o pai do menino, um vizinho matou o bicho e o colocou num pote.
— A médica atentamente bateu foto da cobra e mandou para o órgão responsável. Em poucos instantes já tivemos a resposta de que era um filhote de jararaca e a doutora iniciou com o antídoto e a hidratação — conta o pai.
O órgão presta orientação aos hospitais sobre as espécies quando os pacientes conseguem mostrar ou descrever as caracterizadas do animal responsável pela picada, o que facilita o atendimento médico. Além disso, também faz o acompanhamento do caso. O pequeno Benjamim, por exemplo, segue hospitalizado para fazer uma bateria de exames. Já foram três coletas de sangue até o momento e ele evolui bem. A expectativa é de que possa estar logo em casa.
O caso reforça que saber qual animal provocou a picada e buscar atendimento rápido pode ser a diferença entre a vida e a morte. Segundo o CIATox, ao menos sete pessoas morreram entre 2014 e 2020 após o ataque de serpentes porque buscaram socorro muito tarde.