IMUNIZAÇÃO - 18/09/2021 06:18

Estudo conclui que morte de adolescente não foi causada por vacina da Pfizer

Caso tinha sido utilizado como uma das justificativas para suspender a vacinação de adolescentes no Brasil; jovem foi vítima doença autoimune rara, mostra estudo
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A morte de uma adolescente de 16 anos em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, não foi causada pela vacina da Pfizer, aponta estudo feito por 70 especialistas e divulgado nesta sexta-feira (17), pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

O diagnóstico apontou que a causa da morte, sete dias após a jovem ser imunizada, foi uma doença autoimune, grave e rara, conhecida como PPT (Púrpura Trombótica Trombocitopênica). O caso fora utilizado como uma das justificativas para suspender a vacinação de adolescentes no Brasil.

Segundo comunicado divulgado pelo governo de São Paulo, a doença não tem “uma causa conhecida capaz de desencadeá-la” e “não há como atribuir relação causal” entre ela e as vacinas de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer. A adolescente morreu no último dia 7, exatamente uma semana após receber o imunizante da Pfizer.

“As vacinas em uso no País são seguras, mas eventos adversos pós-vacinação podem acontecer. Na maioria das vezes, são coincidentes, sem relação causal com a vacinação. Quando acontecem, precisam ser cuidadosamente avaliados”, explica Eder Gatti, que coordenou esta investigação e atua no Centro de Vigilância Epidemiológica e no Instituto Emílio Ribas.

Dentre os 70 profissionais que participaram do diagnóstico, estavam especialistas em Hematologia, Cardiologia, Infectologia, médicos dos CRIEs (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais) do Estado e representantes dos municípios de São Bernardo do Campo, Santo André e São Paulo. O CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) estadual também contribuiu para a análise.

Suspensão da vacina para adolescentes

O caso da adolescente foi usado como uma das justificativas do Ministério da Saúde para recomendar a suspensão da imunização em adolescentes sem comorbidades na quinta-feira (16). Santa Catarina optou por manter a imunização do grupo.

A própria Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também manteve a recomendação de vacinação neste grupo, com base em evidências científicas avaliadas e aprovadas pelo órgão.

Segundo o governo do Estado, a divulgação do caso foi feita de “forma intempestiva” pelo Ministério da Saúde e os resultados da análise serão submetidos à Anvisa.

Fonte: ND+
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