Vítima comprou iPhone e recebeu goiabada em MG – Foto: Reprodução/Internet
Uma jovem de 21 anos, moradora de Lima Duarte, cidade no interior de Minas Gerais, é mais uma vítima de golpistas pela internet. Ela comprou um iPhone SE em uma loja virtual e afirma que pagou R$ 2.829,00. No entanto, a entrega foi mais doce e menos tecnológica do que ela esperava: a encomenda entregue foi uma caixa com goiabada! As informações são do Portal R7.
A compra foi feita no dia 14 de setembro e a entrega realizada seis dias depois. Ao abrir a caixa e ver que havia caído em um golpe, ela começou a agir.
De acordo com o R7, ao entrar em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) da loja, a jovem teria sido orientada a aguardar dois dias, prazo necessário para a análise do ocorrido.
Segundo a Polícia Militar, a estudante não teria recebido retorno da loja e, por isso, registrou o boletim de ocorrência por estelionato. O caso está sendo investigado depois que ela registrou a ocorrência.
Além disso, a jovem também registrou uma reclamação no site ReclameAqui, que reúne relatos de consumidores que enfrentam problemas com empresas.
No texto, a mulher reclama da demora para a devolução do dinheiro gasto na compra do celular, enquanto a empresa alega que estava analisando o caso.
Na última atualização da reclamação, feita na terça-feira (28), a cliente sugere que o problema teria sido solucionado, mas não entra em detalhes. Procurada, a Submarino, empresa onde a compra foi feita, informou que apura o caso.
Em Itajaí, no Litoral de SC, mais de 300 clientes foram prejudicados por uma loja de móveis e eletrodomésticos com sede em Itajaí. Por isso, o Procon (Procuradoria de Defesa do Consumidor de Itajaí) entrou com uma ação coletiva contra a loja.
A Justiça já congelou R$ 500 mil do dono da empresa e tenta derrubar o site, mas que ainda está no ar, e é possível fazer compras por lá. O Procon também tenta confirmar se as avaliações positivas do site são verdadeiras ou falsas.
Atenção na hora da compra
Antes de efetuar uma compra online, o usuário deve fazer uma pesquisa prévia, inclusive, em sites de reclamação de consumidores para verificar a credibilidade da empresa.
Casos de golpes pela internet tem se tornado cada vez mais frequentes. Até maio de 2019, o Procon/SC havia recebido pouco mais de três mil reclamações. Em 2020, foram mais de 12 mil.
Meios de buscar solução
O presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/SC, Geyson Gonçalves, sugere que os consumidores entrem, primeiramente, em contato com as empresas para tentar solucionar o problema. Essa, segundo ele, é forma mais rápida de solução, ainda que gere “dor de cabeça”.
O consumidor pode, ainda, buscar sites que registram reclamações como o ReclameAqui. Conforme Gonçalves, os usuários vêm obtendo sucesso na solução de problemas através desses canais, quando se trata de empresas de médio e grande porte.
Um terceiro caminho é o portal consumidor.gov.br, no qual é formalizada a reclamação e a empresa é obrigada a responder. No entanto, o presidente da comissão destaca que somente grandes empresas estão cadastradas no site.
Caso essas tentativas não surtam efeito, o consumidor deve acionar o Procon e, por fim, se o problema ainda assim não for solucionado, deve buscar a Justiça.
