NOVAS REGRAS - 04/10/2021 07:46 (atualizado em 04/10/2021 08:55)

Pix tem novas regras para transferências à noite; veja o que muda

Mudanças têm como objetivo garantir a segurança do usuário
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Mais de 106 milhões pessoas usam o Pix no país, segundo o Banco Central(Foto: Agência Brasil)
Começa a valer a partir desta segunda-feira (4) o limite para a transferência de valor via Pix no período da noite. A medida faz parte do pacote criado pelo Banco Central, com novas regras para garantir mais segurança ao usuário. As demais vão entrar em vigor no dia 16 de novembro. 
O limite estabelecido para transferência é de R$ 1.000, no horário das 20h às 6h. A regra é para as transações entre pessoas físicas, incluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs). Também será possível pedir a ampliação, mas este tipo de alteração será automática. Isto é uma medida de segurança para inibir, por exemplo, sequestros-relâmpago. O banco terá entre 24 e 48 horas para atender o pedido. 
Outra medida de segurança é a possibilidade de cadastro de contatos que poderão receber o Pix acima de R$ 1.000 a qualquer hora do dia. Neste caso, a alteração também só vale após 24 horas do pedido.
Confira o que muda a partir desta segunda: 
Limite de transferência entre 20h e 6h: limite de transferência via Pix será de R$ 1.000. A regra também vale para TED (Transferência Eletrônica Disponível); 
Ampliação: o cliente poderá pedir a ampliação do limite, porém a aprovação do pedido será entre 24h e 48h após a solicitação; 
Transferência camarada: outra possibilidade é cadastrar contatos que poderão receber Pix acima de R$ 1.000 a qualquer hora, Neste caso, a alteração também só vale após 24 horas da solicitação.
Medida tem como objetivo diminuir golpes
No final de dezembro de 2020, havia 56 milhões de usuários de Pix, segundo o Banco Central. No final de agosto de 2021, último balanço divulgado pela enitdade, são 106,6 milhões. O aumento se deve à praticidade. O Pix não tem tarifa, é concluído na hora e quem manda o dinheiro só precisa da chave do favorecido, que pode ser um email, número do celular, CPF ou uma senha aleatória.
Com isso, atraiu também golpistas. Em janeiro, o pesquisador William Douglas de Almeida, de 36 anos, que faz pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP), teve seus dados utilizados por uma quadrilha que tentou dar um golpe por meio da modalidade após a clonagem do seu WhatsApp.
— Eu estava vendendo um apartamento e entraram em contato fingindo ser o site onde eu tinha cadastrado o imóvel pedindo uma confirmação de dados. Assim que fiz isso, a quadrilha começou a se passar por mim e pedir dinheiro para os meus contatos — conta.
Na mensagem, os golpistas diziam que não estavam conseguindo fazer um pagamento via Pix de R$ 1.130 e pediam ajuda com a promessa de devolução do dinheiro no dia seguinte. 
— Por ser instantâneo, o Pix passou a ser uma alternativa para o uso do cartão de débito. Para os comerciantes também é mais atrativo porque não tem taxa — diz Caio Mastrodomênico, analista econômico da Vallus Capital. 
Ele avalia que, com mais regras de segurança, o Pix será uma ferramenta ainda mais popular entre os usuários de bancos, principalmente aqueles que têm receio de golpe nos caixas.
Dica para ter mais segurança é conferir dados antes da transação 
Antes de usar o Pix para mandar dinheiro para alguém, é importante seguir algumas precauções, como orienta Ricardo Hiraki, analista financeiro e diretor da Plano Fintech de Educação Financeira: 
— Tem que conferir quem é o destinatário e sempre desconfiar de pedidos de dinheiro urgente.
Segundo ele, os golpistas contam histórias que, geralmente, "deixam a gente ansioso e aflito para ajudar". Outra dica é entrar em contato com o amigo ou parente que "pede" o dinheiro, por telefone, para confirmar se a mensagem é real.
Outras mudanças em novembro 
O pacote de medidas também prevê uma série de outras mudanças que passam a valer em novembro. Confira: 
Bloqueio por cautela: em caso de suspeita, o banco vai poder bloquear o crédito na conta do destinatário do Pix. De dia, este bloqueio será de 30 minutos e, à noite, de uma hora. Quem estiver recebendo o Pix será avisado sobre o bloqueio temporário; 
Alerta de laranjas: os usuários de Pix terão que passar por etapas extras de confirmação da operação nas transações envolvendo contas marcadas no DICT, inclusive para fins de eventual recusa a seu processamento, combatendo assim a utilização de contas de aluguel ou "laranjas"; 
Fonte: Diário Catarinense
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