golpe - 05/10/2021 07:03

Polícia Civil indicia homem que fingiu ser companheiro de idosa morta em Chapecó para ficar com a herança

Cuidadora da vítima também é suspeita de participar do crime
Recomendar correção
Obrigado pela colaboração!
Crime foi descoberto após o homem pedir a pensão da vítima (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
A Polícia Civil indiciou um homem de 42 anos que fingiu que era companheiro de uma idosa, que morreu no ano passado, para garantir a herança e a pensão dela em Chapecó, no Oeste catarinense. Além dele, a cuidadora da vítima também é suspeita de participação no crime.
Segundo a polícia, as investigações iniciaram em setembro de 2020 após o suspeito pedir o benefício previdenciário da idosa de 79 anos, que era servidora pública do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Ele também solicitou a herança da mulher, que morreu em fevereiro de 2020.
Ao fazer a solicitação, o homem alegou que era companheiro da vítima. Como prova, ele apresentou uma escritura pública que comprovava que os dois estavam juntos desde 2011. Porém, a polícia desconfiou do caso, principalmente porque familiares e pessoas próximas da idosa alegaram que jamais viram o casal.
Nas investigações, a Polícia Civil descobriu, por meio de depoimentos, análises de documentos e pesquisas, que o homem se aproximou da vítima por meio da cuidadora dela. Em uma das ocasiões, em 2016, ele fez com que a idosa assinasse a escritura pública de união estável, conforme a polícia.
Com a morte dela, no ano passado, o suspeito pediu a pensão ao Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina, dizendo que era companheiro e dependente da mulher. O pedido foi negado pela entidade, que desconfiou da versão do homem.
Ainda segundo a polícia, o suspeito também entrou na Justiça pedindo a abertura do inventário da idosa, solicitando a herança deixada por ela. Em um dos pontos, ele destacava uma casa valiosa, no Centro de Chapecó. Até o momento, não houve resposta para o pedido.
Cuidadora ajudou no crime, diz polícia
Por fim, a Polícia Civil descobriu que o suspeito e a cuidadora tinham um relacionamento de anos, porém, não ficou comprovado se eles eram amigos ou tinham um envolvimento amoroso.
O delegado Luiz Schaefer Júnior explica que ela teve papel fundamental no crime porque morava na casa da vítima e tinha total confiança da família. A mulher, inclusive, foi quem teria convencido a vítima a formalizar a escritura pública.
Os dois foram indiciados pelos crimes de falsidade ideológica, tentativa de estelionato contra entidade autárquica de previdência social e por lavrar escritura que envolva a pessoa idosa sem o discernimento dos atos, previsto no artigo 108 do Estatuto do Idoso 
O inquérito foi finalizado na última semana e encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que analisará se cabe denúncia. Enquanto isso, os dois permanecem em liberdade.

Fonte: DC
Publicidade
Publicidade
Cadastro WH3
Clique aqui para se cadastrar
Entre em contato com a WH3
600

Rua 31 de Março, 297

Bairro São Gotardo

São Miguel do Oeste - SC

89900-000

(49) 3621 0103

Carregando...