ENERGIA EÓLICA - 12/10/2021 09:15

UFSC desenvolve novo projeto de geração de energia eólica

Com ideia pioneira na América Latina, e a equipe de cientistas de Florianópolis planeja lançar até o fim do ano um protótipo gerando energia
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Projeto está sendo desenvolvido dentro dos laboratórios da UFSC – Foto: UFSC/Divulgação/
Pesquisadores que integram o chamado CTC (Centro Tecnológico) da UFSC estão desenvolvendo uma nova tecnologia de geração de energia eólica, ou tecnicamente chamados de aerogeradores com aerofólios cabeados.
Em resumo, a ideia traz o tracionamento através de uma pipa (kite), de um cabo que está enrolado no tambor de um gerador que fica no solo.
Pioneiro na América Latina, e a equipe de cientistas de Florianópolis planeja lançar até o fim do ano um protótipo gerando energia, para assim conseguirem um financiamento para o projeto piloto nos próximos anos.
Projeto em ação
A pipa é conectada a um cabo que se distancia à medida que é compelida pelo vento, realizando uma trajetória em forma de oito até levar o cabo ao seu limite. Após isso, o cabo é puxado de volta para que seu ciclo se repita, de forma que a força necessária para puxar o cabo é apenas uma fração da energia produzida, conservando energia durante o processo.
A unidade de solo pode ser facilmente transportada de um lugar para o outro A tecnologia se diferencia das turbinas eólicas pela capacidade de captar ventos mais constantes, já que consegue alcançar uma altura de 600 a 800 metros, enquanto os equipamentos dos parques eólicos convencionais atingem em média 130 metros.
Além disso, o equipamento é mais leve e acessível, pois o gerador que compõe a unidade solo é de fácil manutenção e os materiais da pipa são mais baratos.
O aerogerador também possui vantagens ecológicas, como o fato de cabos e tecido das asas serem recicláveis, facilitando o descarte dos recursos após a validade, enquanto o descarte dos materiais das torres eólicas está formando um verdadeiro “cemitério” desses materiais mundo afora. Como a asa opera em grandes altitudes, o ruído de deslocamento da asa e a poluição visual são menores.
“Também é possível, com tecnologia já existente, detectar a chegada de pássaros e desviar a operação da asa da rota de migração, evitando assim, a morte de muitos pássaros”, diz o pesquisador Alexandre Trofino.
Sobre o projeto
O protótipo da UFSCkite é o único que é capaz de alçar voo sem a necessidade de ventos em baixa altitude. A expectativa do grupo é viabilizar comercialmente essa tecnologia no Brasil nos próximos anos, mas investimentos são necessários para poderem abrir uma empresa.
Após os testes em curso com o protótipo atual, o grupo de pesquisadores estipula um prazo de quatro anos para construção da planta piloto e de três anos para transformá-la num produto comercializável.
O ex-integrante da equipe, Roberto Crepaldi, resume quem seria o público beneficiado com essa nova opção: “O mercado interessado seriam as pessoas que se interessassem em pagar mais barato na energia e para ter essa obtenção de energia de uma forma menos impactante”.
Fonte: ND mais - notícia do dia
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