POLÍTICA - 19/10/2021 05:06

CPI da Covid adia reuniões após vazamento de relatório

Novas datas para a CPI da Covid foram divulgadas nesta segunda-feira pelo Senado e relator relator quer "buscar um posicionamento comum"
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Memorial às vítimas será instalado temporariamente no espelho d’água do Congresso Nacional – Foto: Divulgação/ Pedro França/ Agência Senado/Divulgação

A CPI da Covid entrou na reta final. Nesta segunda-feira (18), a sessão ouviu depoimentos de parentes das vítimas. Adiamentos na agenda da Comissão foram aprovados, para dar tempo de análise aos senadores e solucionar divergências encontradas no documento que vazou na mídia.

Nesta segunda, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu que as divergências são “superficiais e facilmente sanáveis”. Outra declaração é de que está disposto rever os pontos.

“Isso não significa absolutamente nada. O vazamento não é bom, mas já que vazou, nós vamos aproveitar essa circunstância para confrontar pontos de vistas, para que o relator acerte um posicionamento comum”, disse a jornalistas.

Vazamento do relatório

O relatório vazado contém a especificação de 11 crimes pelos quais a CPI indiciaria o presidente Jair Bolsonaro. Entre eles estão emprego irregular de verba pública, pandemia com resultado de morte, incitação ao crime, falsificação de documento particular, charlatanismo e outros.

Além do presidente, outras 40 pessoas constavam no documento para serem indiciadas pela CPI. Bolsonaro, por sua vez, chamou o senador de “bandido” durante conversa com apoiadores e criticou os trabalhos da Comissão.

Previsões de calendário

O depoimento de Elton da Silva Chaves, do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), está marcado para às 10h desta terça-feira (19).

Na quarta-feira (19), será realizada a leitura do relatório final da CPI da Covid. A votação acontecerá no dia 26 para que os senadores possam ler as mais de mil páginas do parecer elaborado por Calheiros, como informou o presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Familiares de vítimas

O taxista Marcio Antônio do Nascimento da Silva perdeu a irmã e o filho, de 25 anos, durante a pandemia. “Nós merecíamos um pedido de desculpas da maior autoridade do país”, disse.

Enquanto caminhava na praia de Copacabana, em abril de 2020, ele viu uma pessoa derrubando as cruzes de uma manifestação em homenagem às 100 mil vítimas da doença e foi levantá-las. Neste momento, Marcio foi agredido com palavras.

Enfermeira em Manaus, Mayra Lima perdeu a irmã para a Covid-19 no início de 2021, quando a cidade passava por um momento crítico devido a falta de cilindros de oxigênios. Com a morte, a mulher precisou adotar seus quatro sobrinhos. Durante o depoimento, Mayra criticou a falta de políticas públicas de Estado para crianças órfãs.

Fonte: ND+
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