Às vésperas de uma paralisação nacional de parte dos caminhoneiros, a Secretaria Especial de Articulação Social, ligada à Secretaria de Governo da Presidência da República, cancelou uma reunião prevista para quinta-feira (28) com a categoria.
Participariam do encontro a Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas e demais representantes.
A informação foi dada pelo deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), presidente da frente. A reportagem teve acesso ao email enviado pela chefe de gabinete do órgão, Kátia Maria Veras Braga.“Em razão das notícias veiculadas na imprensa de que a reunião seria realizada com a participação de ministros de Estado, o que não se coaduna com o convite enviado, esta Secretaria Especial de Articulação Social informa o cancelamento da reunião do dia 28”, comunica.
No encontro, seriam debatidas reivindicações como o estabelecimento e cumprimento de frete mínimo, além de uma redução do preço do diesel e reajuste na política de preços da Petrobras, que anunciou nesta segunda-feira (25) que a gasolina e o diesel vão ficar mais caros nas refinarias a partir desta terça-feira (26).Para Crispim, a política de preços da companhia “só está gerando miséria, fome, desigualdade e inflação”.
O episódio ocorre às vésperas de uma nova paralisação nacional dos caminhoneiros, prevista para 1º de novembro. “Vamos parar sim, já está tudo certo e arquitetado. A categoria vai parar porque não aguenta mais”, afirma Marconi França, um dos líderes dos caminhoneiros em Pernambuco.
Questionado sobre a paralisação, o deputado que preside a frente a favor dos caminhoneiros defende o direito constitucional da categoria em “exigir um pouco de dignidade, que vem sendo prometida desde 2019”.A reportagem do portal R7 busca contato com a pasta e aguarda retorno. O posicionamento será incluído assim que for enviado.