O relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que somou 1.289 páginas foi aprovado pelos senadores durante esta terça-feira (26). Por 7 votos a 4, a última versão do documento traz 80 pedidos de indiciamento, sendo 78 pessoas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro, e duas empresas. O relatório foi elaborado por Renan Calheiros (MDB-AL) e passou por alterações desde a semana passada.
O documento é o compilado da apuração feita nos quase seis meses de reuniões no Senado, desde a abertura da CPI, em 27 de abril deste ano. Além das sugestões de indiciamento, o texto ainda tem pedidos de investigação.
A partir do relatório, órgãos fiscalizadores serão acionados para dar continuidade às apurações de possíveis crimes cometidos pelos citados. As informações são do portal R7.
Entre os principais pedidos de indiciamento, estão o do presidente Jair Bolsonaro, do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do ex-ministro da pasta Eduardo Pazuello e do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni.
O único governador na lista de sugestões de indiciamentos é Wilson Lima (PSC), do Amazonas, incluído nesta terça, logo no início da sessão.
Há, ainda, os nomes do senador Flávio Bolsonaro e de outros deputados como Ricardo Barros (PP-PR), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Osmar Terra (MDB-RS) e Carlos Jordy (PSL-RJ).
Horas após incluir o nome de Luis Carlos Heinze (PP-RS) na lista de sugestões de indiciamento no relatório final da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) aceitou remover o nome do gaúcho do documento. A retirada foi um pedido de Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que tinha feito a solicitação de inclusão pela manhã, mas mudou de ideia ressaltando a imunidade parlamentar.