SEM GREVE - 02/11/2021 16:27

Caminhoneiros não aderem a greve, e lideranças culpam risco de multas

Ao longo de toda segunda-feira, rodovias federais e portos estratégicos para a logística do país operaram sem interrupções
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A paralisação anunciada por entidades de caminhoneiros para a última  segunda-feira (1) não teve força e, novamente, foram registradas apenas manifestações pontuais e isoladas, como nas outras tentativas de protesto que ocorreram neste ano.
Ao longo de todo o dia, rodovias federais e portos estratégicos para a logística do país operaram sem interrupções, de acordo com levantamento da PRF (Polícia Rodoviária Federal) divulgado pelo Ministério da Infraestrutura.
Ao longo do dia, o trânsito fluiu normalmente nas rodovias federais. Pela manhã, a PRF chegou a identificar dois pontos de concentração de caminhoneiro: um na BR-116, na altura de Barra Mansa (RJ), e outro na BR-101, em Rio Bonito (RJ). No entanto, não foram registrados bloqueios parcial ou total.
Postos de combustível e pontos de parada de caminhoneiros também não tinham atos ou movimentos grevistas em quatro das principais estradas que passam por São Paulo.
A reportagem percorreu as rodovias Presidente Dutra (que liga a capital paulista ao Rio de Janeiro), no trecho São Paulo-Taubaté (130km); Anhanguera, no trecho Campinas-São Paulo (97 km); Dom Pedro 1º, no sentido Jacareí-Campinas (140 km); e Fernão Dias, que liga a São Paulo a Belo Horizonte, no trecho Atibaia-São Paulo (60 km). Em nenhuma havia protestos.
Um caminhoneiro que foi do Rio de Janeiro a São José dos Campos (SP) afirmou que não viu nenhum movimento no trajeto, e que seguiria viagem normalmente até São Paulo.
Decisões judiciais dificultam mobilização
Para Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística), umas das entidades que convocaram a paralisação, decisões judiciais que proibiram o bloqueio de rodovias são a causa da baixa adesão da categoria.
Segundo ele, o medo das multas inibiu a mobilização. — Nós estamos com interdito proibitório, não pode botar o pé na pista sob pena de [ter que pagar] R$ 100 mil — afirma.
No último sábado (30), a Justiça proibiu o bloqueio de estradas em diversos estados, com multas que variam de R$ 5.000 a R$ 1 milhão para pessoas físicas e jurídicas que descumprirem a ordem.
— Coragem para trancar a pista não nos falta, o que falta é dinheiro para pagar a indenização que eles querem cobrar — diz o diretor.
No início da tarde desta segunda, a CNTTL tinha contabilizado protestos em cinco localidades: nos portos de Santos, Salvador e Ijuí (RS), e nas cidades de Volta Redonda (RJ) e São José dos Pinhais (PR).
Mesmo sem bloqueios nas rodovias, Dahmer avalia que o primeiro dia de paralisação foi bastante positivo. Segundo ele, os caminhoneiros autônomos não fecharam as estradas, mas pararam em casa.
— Nós estamos aqui no entroncamento da BR-285 com a BR-342, no Rio Grande do Sul, que é o segundo maior entroncamento do estado. Eu te asseguro que 90% dos caminhoneiros autônomos pararam, os que estão rodando aqui são [caminhoneiros] de empresas.
Durante a madrugada, manifestantes chegaram a ocupar uma região perto do porto de Santos (SP), mas foram dispersados pela Polícia Militar, que chegou a usar bombas de efeito moral. Os caminhoneiros reclamaram da ação. Uma liminar proibia que o acesso ao porto fosse barrado.
Os policiais também impediram que os caminhoneiros se manifestassem, proibindo mesmo palavras de ordem. — Permaneçam parados, sem verbalizar — disse o policial aos motoristas nas imediações do porto. Procurada, a Polícia Militar de São Paulo não havia se manifestado até a conclusão desta reportagem.
No Twitter, o Ministério da Infraestrutura publicou um vídeo que mostra uma pessoa arremessando pedras em caminhoneiros que trafegavam pela via. Segundo a pasta, os atos foram registrados após a polícia dispersar os manifestantes.
—Criminosos lançaram pedras em veículos que transitavam e danificaram um carro guincho da concessionária Ecovias — diz a publicação.
— Nós estamos aqui no entroncamento da BR-285 com a BR-342, no Rio Grande do Sul, que é o segundo maior entroncamento do estado. Eu te asseguro que 90% dos caminhoneiros autônomos pararam, os que estão rodando aqui são [caminhoneiros] de empresas.
Durante a madrugada, manifestantes chegaram a ocupar uma região perto do porto de Santos (SP), mas foram dispersados pela Polícia Militar, que chegou a usar bombas de efeito moral. Os caminhoneiros reclamaram da ação. Uma liminar proibia que o acesso ao porto fosse barrado.
Os policiais também impediram que os caminhoneiros se manifestassem, proibindo mesmo palavras de ordem. —Permaneçam parados, sem verbalizar — disse o policial aos motoristas nas imediações do porto. Procurada, a Polícia Militar de São Paulo não havia se manifestado até a conclusão desta reportagem.
No Twitter, o Ministério da Infraestrutura publicou um vídeo que mostra uma pessoa arremessando pedras em caminhoneiros que trafegavam pela via. Segundo a pasta, os atos foram registrados após a polícia dispersar os manifestantes.
—Criminosos lançaram pedras em veículos que transitavam e danificaram um carro guincho da concessionária Ecovias — diz a publicação.

Fonte: Diário Catarinense
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