O dono de uma propriedade rural no interior de Nova Veneza, no sul do Estado, acordou com ruídos no portão principal, não pensou duas vezes e saiu dando tiros de espingarda para o alto. Foi na madrugada desta terça-feira (9). Quando amanheceu ele encontrou um telefone celular caído mas percebeu que havia desaparecido uma novilha de aproximadamente 300 quilos.

No equipamento eletrônico foram encontradas dezenas de fotos do suspeito do furto e o caso está sob investigação da delegacia de Polícia Civil. O problema é que a DP da cidade de 15 mil habitantes tem apenas um agente e uma infindável relação de casos para resolver.

Este tipo de furto de gado não é uma prática rara no município e cidades vizinhas. Só na última semana foram registrados dois casos. O desta terça-feira em uma localidade ao lado de uma via asfaltada. Semana passada o caso ocorreu em uma estrada da localidade conhecida como “Picadão”, próximo do local onde os assaltantes ao Banco do Brasil de Criciúma esconderam o caminhão para fuga em dezembro do ano passado.

Observa-se que o interior de Nova Veneza, que tem muitas alternativas para fuga em estradas de boas condições, não foi escolhido apenas pelos assaltantes de banco, mas também é alternativa que facilita a vida dos ladrões de gado.

Outro fato que chama e que é reconhecido pelas autoridades policiais é o que os donos de áreas rurais estão cada vez mais adquirindo armas para proteger as suas propriedades. Evidência disso é que na mesma noite carro com as mesmas características foi usado em outra tentativa. Neste caso ação ficou frustrada também porque o proprietário reagiu com disparos de arma de fogo.

Além do smartphone com fotos de um dos suspeitos a polícia conta com imagens de câmeras de segurança cada vez mais comuns em propriedades do interior