VOLTANDO A ATUAR - 12/11/2021 17:51

Médicos voltam a atuar em ambulâncias do Samu na Grande Florianópolis, diz Saúde

Pela manhã, ambulâncias que atendem casos graves ficaram sem operar nos municípios da região; Estado instalou Comitê de Crise para coordenar ações
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Médicos voltam a atuar em ambulâncias do Samu na Grande Florianópolis, diz Saúde – Foto: Divulgação
As ambulâncias de suporte avançado do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que atendem a Grande Florianópolis estão com o atendimento normalizado, segundo a SES (Secretaria de Estado da Saúde).
Não havia médicos atuando nas ambulâncias na manhã desta sexta-feira (12). São esses veículos que se deslocam até a população em casos de urgências e emergências que requerem apoio médico.
De acordo com relatos recebidos pelo ND+ de trabalhadores do Samu, houve furos na escala dos médicos e também na regulação.
Em nota de esclarecimento emitida na tarde desta sexta, a SES informou que, ao detectar uma instabilidade nos atendimentos do Samu na região, estabeleceu um Comitê de Crise para coordenar as ações.
Segundo a pasta, foram deslocados médicos para que o atendimento fosse restabelecido imediatamente. “As quatro Unidades de Transporte Avançado (USA) estão com seu funcionamento restabelecido. Além disso, o atendimento aéreo por meio do Arcanjo também encontra-se em plena atividade”, garante.
A SES afirmou, ainda, que monitora a operação do Samu e já está tomando as medidas administrativas e judiciais cabíveis.
Furos na escala e falta de médicos
Nesta sexta, as quatro ambulâncias, que atendem casos graves nos municípios da Grande Florianópolis, amanheceram sem médicos especializados.
“Os 22 municípios da Grande Florianópolis estarão sem unidades avançadas na sexta-feira, seja para atendimentos primários, apoio em postos de saúde e UPAs ou transportes”, disse, no início da manhã, um profissional do Samu, que preferiu não se identificar.
O relato continua: “pelo fato da empresa ter dado férias para alguns médicos e licença maternidade para outras e não terem coberto esses furos, por estarem com atraso de três anos no pagamento de férias e FGTS e por estarem sucateando o serviço com tanto descaso, é o pior cenário já visto no Samu”.
O serviço na região operou somente com as unidades de suporte básico, em que atuam um enfermeiro ou técnico de enfermagem e um motorista socorrista.
Férias atrasadas
O advogado Henrique Manoel Alves, que representa cerca de 200 trabalhadores do Samu, afirma que a ausência de pagamento e gozo de férias são os pontos mais críticos das discussões.
Conforme Alves, muitos funcionários tiveram as férias programadas para novembro e dezembro, deixando um furo “gigantesco” na escala.
“A responsabilidade dessa situação é da empresa e do Estado, que tem que fiscalizar o contrato. Hora extra não é obrigação do trabalhador. A maioria dos médicos e enfermeiros tem outros vínculos e, normalmente, tem que cumprir o contrato e a empresa não coloca ninguém no lugar. Eles [a empresa] anunciam a escala, que é furada, não colocam ninguém para cobrir os furos e acontece o que aconteceu hoje”, disse.
OZZ Saúde
Pela manhã, a OZZ Saúde, empresa privada que gerencia o Samu em Santa Catarina, informou, por meio de nota, que vem encontrando dificuldades para a cobertura de plantões médicos, com o aumento do número de demissões, atestados e abandono de plantões.
De acordo com a OZZ, isso ocorre desde que a SES (Secretaria de Estado da Saúde) anunciou oficialmente a descontinuidade do contrato com a empresa e o retorno de uma Organização Social para a gestão do Samu SC.
A OZZ informou, ainda, que notificou a SES sobre a situação, “já prevendo um cenário conturbado, e solicitando uma abertura para contratação de plantões através de modelo PJ para suprir essa demanda”, mas que não obteve retorno.
Conforme a administradora do Samu, tal cenário já fora alertado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), que manifestou preocupação com os impactos da transição.
“A OZZ Saúde tem de todas as formas buscado alternativas para que a população continue assistida e que os atendimentos não sejam afetados com a mudança de gestão”, completou a nota emitida pela empresa.
À tarde, a OZZ atualizou a informação e disse que “por volta das 13h, profissionais médicos do Aeromedico e Central de regulação foram realocados para suprir o atendimento nas USAs.”
Fonte: ND mais - notícia do dia
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