Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação crônica da glicose no sangue (hiperglicemia). Isso pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas.
A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta, portanto, em um acúmulo de glicose no sangue, que chamamos de hiperglicemia.
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Classificação do Diabetes
Sabemos hoje que diversas condições podem levar ao diabetes, porém a grande maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2:
Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária.
Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Este quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento.
Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Isso leva um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes.
A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas – sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros – podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma.
Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, observa-se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso se deve, principalmente, ao aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física.
Na maioria das vezes ele é detectado no 3º trimestre da gravidez, através de um teste de sobrecarga de glicose. As gestantes que tiverem história prévia de diabetes gestacional, de perdas e má formações fetais, hipertensão arterial, obesidade ou história familiar de diabetes não devem esperar o 3º trimestre para serem testadas, já que sua chance de desenvolverem a doença é maior.
A Importância do Acompanhamento Médico
A hiperglicemia crônica através dos anos está associada a lesões da microcirculação, lesando e prejudicando o funcionamento de vários órgãos como os rins, os olhos, os nervos e o coração.
O controle da hiperglicemia é fundamental não só para o bom controle do diabetes como também para garantir autonomia e independência ao paciente. É importante o envolvimento dos familiares com o tratamento do paciente diabético, visto que, muitas vezes, há uma mudança de hábitos, necessitando de uma adaptação de todo núcleo familiar.
Pacientes com Diabetes Tipo 2 não diagnosticado tem risco maior de apresentar acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e doença vascular periférica do que pessoas que não têm diabetes. Isso reforça a necessidade de um diagnóstico precoce que permita evitar tais complicações.
As consultas de acompanhamento devem ser mensais, bimestrais ou trimestrais, conforme o controle e a adaptação ao tratamento.
Os demais exames devem ser solicitados conforme a necessidade individual do paciente.