VIVA BEM - 26/11/2021 14:39 (atualizado em 26/11/2021 21:15)

Diabetes Mellitus: Saiba o que é, como prevenir e tratar

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Dr. Antônio Marcos W. Duarte / Foto:Divulgação

Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação crônica da glicose no sangue (hiperglicemia). Isso pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas. 

A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta, portanto, em um acúmulo de glicose no sangue, que chamamos de hiperglicemia.

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Classificação do Diabetes

Sabemos hoje que diversas condições podem levar ao diabetes, porém a grande maioria dos casos está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2: 

- Diabetes Tipo 1 (DM 1) – Essa forma de diabetes é resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos pelo próprio organismo contra as células beta, levando a deficiência de insulina.

Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária. 

O quadro clínico mais característico é de início relativamente rápido (alguns dias até poucos meses) e sintomas como: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. 

Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Este quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento.

-Diabetes Tipo 2 (DM 2) – Nesta forma de diabetes está incluída a grande maioria dos casos (cerca de 90% dos pacientes diabéticos).

Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Isso leva um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes. 

A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas – sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros – podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma.

Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, observa-se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso se deve, principalmente, ao aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física.

Diabetes Gestacional – Atenção especial deve ser dada ao diabetes diagnosticado durante a gestação, conhecido como Diabetes Gestacional. Pode ser transitório ou não e, ao término da gravidez, a paciente deve ser investigada e acompanhada.

Na maioria das vezes ele é detectado no 3º trimestre da gravidez, através de um teste de sobrecarga de glicose. As gestantes que tiverem história prévia de diabetes gestacional, de perdas e má formações fetais, hipertensão arterial, obesidade ou história familiar de diabetes não devem esperar o 3º trimestre para serem testadas, já que sua chance de desenvolverem a doença é maior.

A Importância do Acompanhamento Médico

É importante que o paciente compareça às consultas regularmente, conforme a determinação médica, nas quais ele deverá receber orientações sobre a doença e seu tratamento. 

A hiperglicemia crônica através dos anos está associada a lesões da microcirculação, lesando e prejudicando o funcionamento de vários órgãos como os rins, os olhos, os nervos e o coração.

O controle da hiperglicemia é fundamental não só para o bom controle do diabetes como também para garantir autonomia e independência ao paciente. É importante o envolvimento dos familiares com o tratamento do paciente diabético, visto que, muitas vezes, há uma mudança de hábitos, necessitando de uma adaptação de todo núcleo familiar.

Pacientes com Diabetes Tipo 2 não diagnosticado tem risco maior de apresentar acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e doença vascular periférica do que pessoas que não têm diabetes. Isso reforça a necessidade de um diagnóstico precoce que permita evitar tais complicações.

Exames de Rotina

As consultas de acompanhamento devem ser mensais, bimestrais ou trimestrais, conforme o controle e a adaptação ao tratamento.

Nas consultas são solicitados os exames que devem incluir a glicemia de jejum, a hemoglobina glicada trimestral (que dá a média da glicemia diária nos últimos 2 a 3 meses), função renal anual (ureia, creatinina, pesquisa de micralbuminúria), perfil lipídico anual ou semestral, avaliação oftalmológica anual e avaliação cardiológica. 

Os demais exames devem ser solicitados conforme a necessidade individual do paciente.

Hospital Regional Terezinha Gaio Basso de São Miguel do Oeste
Dr. Antônio Marcos W. Duarte – Clínico Geral – CRM 8060
Diretora técnica - Katia Bugs – médica - CRM 10375 – Nefrologista - RQE 5333

Fonte: Ascom Hospital Regional
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