Cidadania - 09/12/2021 06:19

Santa Catarina cadastra 7 mil novos eleitores menores de 18 anos

Justiça Eleitoral visitou escolas para explicar aos adolescentes a importância do voto e, quem fez o título de eleitor, participou de sorteio de celulares
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O TRE-SC (Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina) conseguiu um incremento de 45% no número de eleitores com idade entre 16 e 17 anos. Desde o início da campanha #BoraVotar, que é nacional, o número de eleitores menores de 18 anos aptos a votar nas eleições de 2022 saltou de 15.883 para 23.032.

O total ainda está longe do teto de 170 mil, mas o presidente do TRE-SC, Fernando Carioni, considera o avanço importante. “Conseguimos um acréscimo de 45% em menos de 90 dias. Acredito que, até 4 de maio de 2022, data limite para o cadastro das eleições de outubro do ano que vem, teremos um acréscimo muito grande”, disse Carioni.

Na quarta-feira (8), ele participou do sorteio de 50 celulares doados pela Receita Federal e destinados aos jovens que fizeram o título mesmo sem a obrigatoriedade do voto. Além de campanha nas redes sociais, o TRE-SC visitou oito escolas, em todas as regiões do Estado, para cadastrar os jovens na Justiça Eleitoral.

“Tivemos esse acréscimo não só nos municípios que visitamos, mas no Estado todo. A campanha continua”, afirmou Carioni. Ainda segundo o presidente, após o recesso escolar, a ideia é visitar mais escolas.

Campanha doou celulares a jovens eleitores

O vice-diretor da Escola Judiciária Eleitoral, Gonsalo Agostini Ribeiro, disse que o incremento de novos eleitores não é apenas fruto da campanha, mas que o trabalho contribuiu para fazer o número crescer além do esperado.

Ele acredita que o sorteio dos celulares ajuda. Além dos 50 aparelhos sorteados na quarta, outros 100 serão sorteados em 2022, sendo 50 em 8 de fevereiro e mais 50 em 8 de março.

“Graças à parceria entre Justiça Eleitoral, Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) e a Delegacia da Alfândega da Receita Federal, que nos doou 150 aparelhos, vamos fazer mais dois sorteios. Quem não foi contemplado agora em dezembro, ainda tem chance”, destacou Ribeiro.

“Nós seremos o futuro do Brasil”

Dienifer Carolina Matos Machado, 17 anos, é aluna do Instituto Estadual de Educação, uma das oito escolas que recebeu a visita do TRE-SC. Mas ela disse que não fez o título pensando no sorteio dos celulares.

“Quando eles nos convidaram para fazer o título, eu não fazia ideia desse sorteio. Fiz o cadastro porque, há bastante tempo, eu queria. Acho muito importante essa participação, porque vamos escolher quem estará nos representando”, argumentou a jovem.

Jovens eleitores podem fazer o título a partir dos 16 anos

A adolescente acompanha a política por incentivo dos pais e disse que, certamente, vai comparecer à urna ano que vem. Também falou que fazer o título pela internet é fácil e rápido: “literalmente, é só ler e enviar”.

Segundo ela, a minoria dos colegas não quis fazer o cadastro: “Eles disseram que não tinham interesse, porque isso não vai mudar em nada a vida deles, mas vai, sim!”, ressaltou.

Entre as colegas que também fizeram o título está Jaqueline Pereira Vaz, de 17 anos: “Eu quis fazer o título, porque nós seremos o futuro do Brasil. Cada um deve fazer sua parte, mesmo que não tenha chegado a idade exata e que, realmente, precisa fazer”, enfatizou.

Ela elogiou o apoio dos funcionários do tribunal que foram ao Instituto. “Eu não tinha feito o título ainda por não saber e essa orientação deles foi muito boa. Muitas pessoas lá do Instituto tiveram interesse a partir desse projeto”, afirmou Jaqueline.

Sorteio utilizou tecnologia do Estado

Para a realização do sorteio, o servidor da área de Tecnologia da Informação do governo do Estado, Bruno Melo, que atua no Ciasc (Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina), desenvolveu um sistema específico.

“Pegamos a base de dados de eleitores de 16 e 17 anos que o próprio TRE-SC ofereceu e fizemos a ferramenta com toda segurança e lisura, para fazer esse sorteio e direcionar os celulares para os eleitores jovens de todo Estado”, explicou.

A ferramenta é bastante simples, segundo Melo, que teve o cuidado de fazer um sorteio sem direcionamento: “Foi testada, com auditoria do MPF (Ministério Público Federal). Está tudo certo e está garantida a lisura do processo”, garantiu Melo.
Jovem brasileiro é menos participativo

Representando a Caoeste (Conferência Americana dos Organismos Subnacionais Eleitorais pela Transparência), que reúne juízes e servidores da Justiça Eleitoral dos Estados federados, como México, Argentina e Brasil, o advogado Marcelo Peregrino, acompanhou o sorteio dos celulares ontem e elogiou a campanha #BoraVotar.

Fonte: ND+
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