O tribunal do júri sobre o caso da boate Kiss, que se estende por dez dias, deve chegar ao fim nesta sexta-feira (9), nono dia do julgamento. Após ouvirem 32 pessoas, entre testemunhas, sobreviventes do incêndio e réus, os jurados decidirão o futuro de Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Eles são acusados de homicídio simples com dolo eventual, por assumir o risco de causar as mortes ao não prevenir o incêndio.
Pela manhã, teve prosseguimento a fase de debates iniciada na quinta-feira (9), após o fim do interrogatório dos réus. A acusação começou falando por volta das 10h, usando a réplica, e depois será foi a vez da defesa, com a tréplica.
No caso da condenação, o juiz Orlando Faccini Neto calculará a pena e estipulará o regime de cumprimento. Ele decidirá se os acusados poderão recorrer em liberdade ou não. Em caso de homicídio simples, a pena varia entre 6 e 20 anos. A pena máxima pode chegar a 30 anos. No caso da absolvição, o magistrado aplica a decisão e os réus ficam livres.
Há ainda a possibilidade de recurso. Nesse caso, os tribunais só poderão modificar a pena ou determinar a realização de um novo julgamento. A decisão dos jurados não pode ser modificada.