A cobertura vacinal de 65% da população contra a Covid-19 permitiu que Santa Catarina liberasse o uso da máscara ao ar livre. Agora, com 70% de imunizados, porém, o momento é de cautela, diz o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário.
“65% foi a meta intermediária. A meta primária continua a cobertura vacinal de 85% da população, que vai servir, inclusive, para a imunidade coletiva, a redução de casos graves e a proteção contra novas variantes”, explica.
Com o ritmo atual de vacinação, a meta deve ser atingida entre o final de fevereiro e o início de março, quando novas flexibilizações poderão ser planejadas, projeta Macário. “Até o momento, 85% da população acima dos 30 anos tomou as duas doses. O nosso desafio é completar a vacinação da segunda dose da população abaixo dos 30.”Conforme dados do superintendente, os moradores de 18 a 39 anos estão recebendo a segunda dose agora ou estão com a imunização em atraso. O fenômeno pode ser explicado por ser uma idade muito produtiva e a “dificuldade de ter tempo para ir aos postos de saúde”.
“80% dos adolescentes estão com a primeira dose e 25% tomou a segunda. Acreditamos que nos próximos meses, em dezembro e janeiro, podemos avançar na cobertura deles e conseguir atingir 85% de toda a população até março”, destaca.
Variante Ômicron
A mais recente variante de preocupação, a Ômicron foi identificada na África do Sul e já está presente em pelo menos 18 países, incluindo o Brasil. Evidências preliminares indicam que ela seja mais transmissível, mas menos grave.O diretor do Centro para o Programa de Pesquisa da Aids na África do Sul, o professor Salim Abdool Karim, disse em entrevista ao o jornal sul-africano Daily Maverick que “não há bandeiras vermelhas” que indiquem que a Ômicron provoque casos mais graves do que outras cepas, como a Delta.
Por isso a vacinação é tão importante, destaca Macário, que frisa a menor capacidade de transmissão do vírus em pessoas imunizadas.“A pessoa vacinada, mesmo que tenha contato com o vírus, além de desenvolver imunidade para prevenir a evolução de formas graves da doença, reduz em cinco vezes a capacidade de transmitir o vírus quando comparada a uma pessoa não vacinada infectada.”