As novas regras sanitárias para entrada no Brasil por via aérea, que entrariam em vigor neste sábado (11), foram adiadas por sete dias e passaram a valer apenas no dia 18 de dezembro, conforme informou o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz. A decisão foi tomada após o aplicativo ConecteSUS ser alvo de um ataque hacker e ficar fora do ar.
As novas medidas sanitárias para entrada no país indicavam que viajantes que não desejassem fazer quarentena de cinco dias ao chegar ao Brasil deveriam comprovar a vacinação completa contra a Covid-19.
Além disso, todos os viajantes, no entanto, ainda devem apresentar teste RT-PCR negativo para o novo coronavírus feito 72 horas antes ou teste de antígeno negativo feito 24 horas antes.Segundo informações do portal Estadão, a decisão de adiar as novas medidas será oficializada em uma portaria a ser publicada em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) ainda nesta sexta-feira (10).
“Estive na Casa Civil. A gente vai postergar a vigência da portaria que trata das fronteiras, em especial aqueles itens que falam sobre a apresentação do certificado de vacinação ou cumprimento da quarentena”, disse Cruz em frente ao Ministério da Saúde.
“Nosso objetivo é não prejudicar quem já está em viagem. Por precaução, vamos publicar uma portaria hoje [10] postergando por sete dias o início da vigência das regras que estão postas”, acrescentou o secretário executivo.Ataque hacker ao ConecteSUS
Desde a madrugada desta sexta-feira (10), a plataforma ConecteSUS, que fornece aos brasileiros o certificado de vacinação contra a Covid-19, está fora do ar após ser alvo de um ataque de hackers.Com o site e aplicativo indisponíveis, não há como o SUS (Sistema Único de Saúde) realizar a emissão do certificado. Além disso, os criminosos apagaram os dados de vacinação das pessoas cadastradas no ConecteSUS.
Através de nota à imprensa, o Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (10) que os sistemas foram “temporariamente” comprometidos e que no momento o certificado de vacinação “estão indisponíveis”.O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu que os dados da pasta armazenados nos sistemas não serão perdidos com o ataque hacker. Já Rodrigo Cruz acrescentou que “A PF (Polícia Federal) e GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) estão investigando o caso”, e mais detalhes não podem ser divulgados.