Urussanga, no Sul catarinense, amanheceu com viaturas e policiais nas ruas nesta segunda-feira (13). Foi desencadeada a Operação Hera, que apura irregularidades na gestão da Fundação Ambiental do Município (FAMU). A Polícia Civil foi até a Câmara de Vereadores e repartições da prefeitura. Houve duas prisões temporárias, entre os quais um vereador. Os ilícitos envolvem contratos que totalizam R$ 1 milhão.
Estão sendo cumpridos nesta manhã 18 mandados de busca e apreensão e houve sete afastamentos cautelares de funções públicas, relacionando os três vereadores cujos nomes ainda não foram confirmados, mas seriam de bancadas do PP, PSDB e PDT de Urussanga. Dois ex-vereadores estão entre os demais afastados de atividades públicas.
Delegado de polícia Ulisses Gabriel sobre a operação "Hera" em Urussanga. Leia mais: https://t.co/JyNmcGbjMI pic.twitter.com/F1fevdHON9
Um vereador entre os presos
São três as secretarias visitadas pelos policiais nesta manhã na prefeitura. - Estamos buscando documentos, celulares e computadores. Identificamos que há pelo menos R$ 1 milhão envolvidos nesses contratos que investigamos, e também as situações envolvendo as secretarias de Administração, pelo setor de licitações, e as secretarias de Agricultura e de Educação - informou.
A investigação envolve em cheio o Legislativo. Entre os vereadores afastados por recomendação da Operação Hera, com aval do Ministério Público (MPSC), estão o presidente, Odivaldo Bonetti (PP), e o vice-presidente Rozemar Sebastião (PDT). Com isso, o primeiro secretário, Elson Roberto Ramos (MDB), assume a presidência provisoriamente.
Trata-se de mais uma investigação envolvendo irregularidades na gestão pública em Urussanga neste ano. Em maio foi desfechada a Operação Benedetta, que resultou no afastamento do prefeito Luís Gustavo Cancelier (PP), que segue fora do cargo. Desde então, o vice Jair Nandi (PSD) comanda o Executivo. Essa operação investiga contratos envolvendo possíveis desvios de recursos em obras públicas financiadas com recursos federais.