Saúde - 26/12/2021 07:03

SC é o 2º estado com mais casos de câncer de pele; entenda os motivos

Entenda porque o Estado tem um número tão alto de casos de câncer de pele e quais as recomendações para prevenção
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O câncer de pele é o tipo mais comum no mundo. Em um país tropical como o Brasil, onde o sol e o calor predominam, em muitos lugares quase o ano todo, a incidência é ainda maior. Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) são cerca de 180 mil novos casos diagnosticados todos os anos.

São dois os tipos de câncer de pele mais comuns: o melanoma, que surge com o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares que muitas vezes pode coçar ou descamar. Em casos de pinta ou sinal já existentes, ocorre o aumento de tamanho, alteração na cor e o aparecimento de bordas irregulares.

O não melanoma aparece como feridas que crescem e não cicatrizam e representa 70% do total dos casos de câncer de pele. É o tipo mais frequente na população e com maiores chances de cura.

Tratamento

Quanto mais cedo for feito o diagnosticado, maiores as chances de recuperação. Em fase inicial, o câncer deve ser tratado com cirurgia de remoção da lesão e, depois disso, com uma segunda cirurgia para remoção do entorno da lesão para garantir que o tumor não volte naquele local. Em casos mais agressivos podem ser feitas sessões de radioterapia e quimioterapia.

Prevenção

Segundo a dermatologista Juliana Kida Ikino, formada pela Unifesp  (Universidade Federal de São Paulo), os cuidados com a exposição solar desde a infância fazem toda a diferença para prevenir o câncer de pele.

“Usar protetor solar, ficar embaixo de um guarda sol, utilizar óculos de sol e evitar exposição nos horários de sol forte, entre 10h e 16h. Também recomendo prestar atenção nas manchas, formatos e coloração das pintas e sinais e procurar um especialista para avaliação em caso de dúvida ou indício”, explica a dermatologista.

No caso do melanoma, a prevenção é, de fato, o melhor remédio. Através da ‘regra do ABCDE‘ é possível avaliar pintas e sinais suspeitos. Veja:

- Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;
- Bordas irregulares: contorno mal definido;
- Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
- Diâmetro: maior que 6 milímetros;
- Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).

É recomendável consultar um dermatologista ao menos uma vez por ano para fazer mapeamento corporal generalizado e identificar possíveis riscos.

Casos em SC

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) o estado de Santa Catarina é o segundo no ranking em casos de câncer de pele no Brasil. Veja por regiões:

Sudoeste: 4.830 casos;
Sul: 1.970 casos;
Norte: 1000 casos;
Centro-Oeste: 460 casos;
Nordeste: 190 casos.

Segundo dados divulgados pelo instituto, a doença acometeu 860 pessoas em Santa Catarina no ano de 2020. Desses casos, 26,24% das ocorrências são em Florianópolis.

Entre os motivos para a maior incidência no Estado está a descendência  europeia de parte da população e o fato de haver muitos trabalhadores na agricultura, o que os deixa mais sujeitos a queimaduras e ao aparecimento dos tumores.

Campanha de prevenção

Em dezembro, mês em que começa o verão, a Sociedade Brasileira de Dermatologia trabalha a campanha do Dezembro Laranja com o tema: “Adicione mais fator de proteção ao seu verão”.

O objetivo da ação é alertar, informar e conscientizar a população sobre os riscos do câncer de pele. Há oito anos a SBD realiza o #DezembroLaranja, sempre com grande engajamento da população.

“A maioria dos tumores de pele são benignos, dificilmente se transformam em câncer, mas é sinal de que alguma coisa está errada e de que é preciso procurar um especialista. As lesões pré-cancerosas também merecem atenção e tratamento porque, com o tempo, podem se tornar cancerosas”, finaliza Juliana.

Fonte: ND+
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