ECONOMIA - 26/12/2021 09:34

Setores abrem quarto trimestre em queda e mostram economia patinando

Indústria, comércio e serviços apresentaram desempenho negativo em outubro, após Brasil entrar em recessão técnica no 3º trimestre
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Após o PIB brasileiro recuar 0,1% entre julho e setembro e colocar o Brasil em uma nova recessão técnica, os primeiros dados relativos ao último trimestre de 2021 indicam que a economia nacional segue em ritmo de desaceleração. Em outubro, primeiro mês do quarto trimestre, as coletas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que os setores responsáveis pela maior parcela das riquezas nacionais tiveram um desempenho pior do que o apurado em setembro.
A maior perda, de 1,2%, foi registrada pelo setor de serviços, responsável por cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) - soma de todos os bens produzidos no país. Os dados negativos da indústria (-0,6%) e do comércio (-0,1%) confirmam a dificuldade para a recuperação da economia. "Já contávamos com sinais de fraqueza da atividade no último semestre, o que, infelizmente, vem se materializando", afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos a chance de crescimento econômico abaixo de 4,5% ao final de 2021.
A sinalização de que a economia brasileira parou de crescer, após se estabilizar das perdas causadas pela pandemia do novo coronavírus no ano passado, é indicada também pelas prévias do PIB coletadas pelo Banco Central (BC) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que apontam para a queda de, respectivamente, 0,4% e 0,7% das riquezas nacionais em outubro.
A chefe de economia da Rico Investimentos, Rachel de Sá, ressalta que, apesar da perda de atividade econômica registrada nos últimos meses, o Brasil tende a fechar 2021 com o PIB em um nível semelhante ao do início do ano passado. "Os dados negativos não significam que o Brasil não retomou o patamar pré-pandemia. Agora, a mensagem é na dificuldade de começar a crescer no ao que vem", destaca Rachel ao avaliar que houve uma desaceleração da atividade em um momento antes do esperado.
O desempenho mais fraco do que o esperado do PIB foi citado também pelo Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, que revisou de 4,7% para 4,4% a expectativa de avanço da economia neste ano. Para 2022, a previsão foi ainda pior e desabou de 2,1% para 1%.
"Surpresas negativas em dados recentemente divulgados, que sugerem perda de dinamismo da atividade e reduzem o carregamento estatístico para o ano seguinte, novas elevações da inflação, parcialmente associadas a choques de oferta, e aumento no risco fiscal pioram os prognósticos para a evolução da atividade econômica", analisou a autoridade monetária.

Fonte: Correio do Povo
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